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sábado, 8 de janeiro de 2011

Ato de rotina


Por Olavo de Carvalho

Quem não sabia, com meses de antecedência, que o Sr. Luiz Inácio iria jogar todo o peso da sua autoridade de presidente numa última cartada espetacular em favor do terrorismo internacional? Quem não sabia que Cesare Battisti, ao fugir para o Brasil, escolhera o melhor lugar do mundo para tipos como ele, o porto seguro, o abrigo infalível de terroristas e narcotraficantes?
“Quem não sabia?” Que pergunta mais idiota. Eu sabia, meus colegas e leitores do Diário do Comércio sabiam, a parcela ínfima da população brasileira que se mantém informada sabia e, é claro, a turma do Foro de São Paulo sabia.
O resto da humanidade ignorava-o por completo. Esperava de Lula outra atitude, simetricamente inversa, compatível com a imagem estereotipada de estadista sereno e pragmático que a mídia internacional forjou para torná-lo atraente aos investidores.
De toda parte, as reações indignadas ao gesto de solicitude paternal do nosso ex-presidente para com um notório terrorista e assassino vieram com aquela expressão de surpresa e desencanto do marido enganado que, até a véspera, confiava cegamente na esposa.
Definitivamente, ninguém na grande mídia ou nos altos círculos da Itália, de qualquer outro país europeu ou dos EUA tem ou quer ter a menor idéia de quem é Luís Inácio Lula da Silva.
Sem a mais leve pretensão de infundir nas cabeças dessas mimosas criaturas um conhecimento que não desejam, do qual fogem como da peste, assinalo aqui alguns lances memoráveis do curriculum vitae do ex-presidente:
1. Ele teve como seu constante mentor espiritual, desde a juventude até a velhice, o ex-frade Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, colaborador fiel do governo de Fidel Castro e co-autor da Constituição Cubana. Jamais renegou o guru.
2. Logo após a queda da URSS, nosso personagem aderiu ao lema “reconquistar na América Latina o que perdemos no Leste Europeu” e para isso fundou em 1990 e presidiu por doze anos o Foro de São Paulo, coordenação estratégica do movimento comunista na América Latina, irmanando num plano estratégico abrangente partidos legais e organizações criminosas. Em comunicado oficial no décimo-quinto aniversário do Foro, as Farc, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, reconheceram que essa iniciativa salvara da extinção iminente o movimento comunista internacional.
3. Ao eleger-se presidente, fingiu afastar-se do Foro de São Paulo mas continuou extra-oficialmente no comando da entidade por intermédio de seus ministro Marco Aurélio Garcia e de seu assessor de imprensa Gilberto Carvalho.
4. Jurando não ter tido jamais qualquer contato com as Farc, ele presidiu assembléias do Foro ao lado do comandante da narcoguerrilha colombiana, Manuel Marulanda, e permitiu que membros do seu governo, junto com figuras estelares do seu partido, se associassem ao mesmo Marulanda na direção da mais importante revista de debates internos do movimento comunista no continente, “America Libre”.
5. Durante seu governo, muitos concorrentes e dissidentes das Farc foram perseguidos e presos no Brasil, enquanto os agentes da organização continuavam operando livremente no território nacional, não só distribuindo drogas, mas fornecendo armas e treinamento a quadrilhas de bandidos locais e aos militantes do MST, protegidos do governo. Quando o representante das Farc no país, Olivério Medina, foi preso pela Polícia Federal, o partido e o governo de Lula se mobilizaram imediatamente para libertá-lo, dando-lhe, de quebra, a cidadania brasileira e um emprego oficial para sua esposa no ministério então chefiado pela atual presidente da República, Dilma Rousseff (esta negou ter qualquer envolvimento no caso, até que sua assinatura no decreto de nomeação fosse publicada na imprensa). O único militante farqueano que permaneceu preso no Brasil foi Juan Carlos Ramirez Abadia. Esta exceção aparentemente misteriosa explica-se porque o referido, agindo evidentemente à margem das Farc, se envolveu num plano para seqüestrar o filho de Lula, Luís Cláudio (ver aqui).
6. O governo Lula sempre rejeitou o pedido colombiano de aplicar às Farc o qualificativo oficial de “organização terrorista”, propondo, ao contrário, que a quadrilha de narcotraficantes fosse premiada por seus crimes mediante a anistia geral e a transmutação da coisa em partido político legal.
7. Em dois discursos oficiais, publicados no site da Presidência da República mas jamais noticiados por qualquer órgão de mídia no Brasil, ele confessou a interferência direta do Foro e de São Paulo e dele próprio na política interna da Venezuela e de outros países, para colocar e manter no poder tipos como Hugo Chávez, Morales e tutti quanti.
8. É verdade que, no campo econômico, Lula se comportou direitinho e fez tudo quanto o Banco Mundial mandou. Mas só agiria de outro modo se fosse louco. Se o próprio Lênin fez o diabo para acalmar e seduzir os investidores internacionais enquanto consolidava o poder interno dos comunistas na Rússia, por que haveria Lula de entrar em guerra com o capitalismo planetário enquanto ia discretamente ajudando a entregar aos agentes do Foro de São Paulo o controle de várias nações latino-americanas? A tática da dupla face funcionou tão bem que, numa mesma semana, ele foi homenageado pelo Foro Econômico de Davos por sua adesão ao capitalismo e no Foro de São Paulo por sua fidelidade ao comunismo. Os que agora explodem de cólera ante a proteção que ele deu a Césare Battisti só conhecem, decerto, a primeira face. Por isso vêem nessa decisão obscena uma exceção repentina, incoerente, aberrante, inexplicável. Quem conhece a segunda entende que foi um ato de rotina, o último de uma longa série. Incoerência é uma coisa, duplicidade é outra.

* Publicado originalmente no Diário do Comércio, do dia 7 de janeiro de 2011. Retirado do site Sapientiam Autem Non Vincit Malitia.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Karl Marx na PUC-Minas

Recebi este email de meu irmão, que está cursando Letras na PUC de Minas Gerais (cada vez que penso nalgumas PUCs desse Brasil - pelo menos as que conheço -, não consigo deixar de pensar no trocadilho que o Bruno Tolentino fazia a respeito da sigla: Pontifícia Universidade Comunista), e achei-o tão provocativo que pedi a ele para publicá-lo por aqui. Segue a íntegra!

Belo Horizonte, 26/11/2010

Caríssimos,
Ontem, dia 25/11, ao passar pelo saguão do Prédio 6 da PUC-Minas (Coreu [Campus Coração Eucarístico; ndr]), vislumbrei no mural próximo ao “Atendimento ao Aluno” uma pérola do discurso esquerdista fanático.
Um cartaz raivoso (vermelho como os tais!) encimado pelos dizeres: “Morte ao Imperialismo!”.
A foto era significativa: dois rapazes arremessando pedras num grupo de policiais (uma “manifestação” na Europa, talvez).
O cartaz diz respeito a alguma coisa importante... hum... peraí... como dizer? Ah! Recordei-me! Apesar da violência, do tom fanático, do besteirol, versa sobre a educação - pasmem!
Os maoístas que o assinam (e o são mesmo! basta visitar o site do tal grupo fanático para conhecer as vertentes marxistas que eles seguem e divulgam) se reúnem num grupo chamado “Movimento Estudantil (!) Popular Revolucionário”. O site da galera rubra é: http://mepr.org.br (cuidado! eles são muito raivosos! o seu computador pode explodir!).
Últimos dias de aula na PUC-Minas e esse prêmio a completar as minhas reflexões sobre o lugar de fala da Universidade brasileira: a esquerda! de modo cabal, onipresente e irritante!
Pergunto aos senhores, colegas, amigos, professores e familiares: passeando por aí, na sua Universidade, você já viu algum cartaz convidando os alunos para uma palestra sobre o liberalismo econômico, sobre a educação clássica, o trivium, o quadrivium, a liberdade que o capitalismo trouxe às nações? Quiçá uma palestra de algum representante do grupo “Escola sem Partido”? Algum estudo sobre obra do Olavo de Carvalho? Não, ainda que se apresente como plural, a Academia brasileira é monopólio ideológico de uma única voz!
Sinto vergonha de me deparar com uma imagem desse teor em pleno ano de 2010. Em pleno século XXI o tal discurso marxista ainda prevalece mundo afora. Não bastou à humanidade ver o mal perpetrado pelos socialistas e comunistas em tantos países.
Para quem desejar conhecer melhor essa doutrinação ideológica esquerdista nas escolas e universidades indico o site do grupo supracitado: http://www.escolasempartido.org. No meu entender, é o must da vacina contra a propaganda raivosa e rubra.
P.S.: Desculpem-me, mas, eu não suportei o desgosto e logo abaixo do título do cartaz eu tive que escrever: “Morte ao marxismo!”.
Viva a Revolução!
Abraço do companheiro,
Luiz Fernando

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Quatro glórias nacionais

Por Olavo de Carvalho

Leio nas mensagens do Investor's Daily Edge, sempre interessantíssimas, que os investidores internacionais têm quatro razões sólidas para apostar seu dinheiro no Brasil e acreditar que o país pode superar a badalada China nas próximas décadas. São elas:
1. O Brasil já passou pelo pior e fez, de uma vez para sempre, as escolhas decisivas em matéria de estabilidade econômica.
2. O Brasil é uma economia quase auto-suficiente. As exportações fazem apenas 14 por cento do nosso Produto Interno Bruto, o que significa que, na hipótese de um colapso econômico global, sairemos praticamente ilesos, enquanto a China, a Índia, a Rússia e outros autonomeados donos do futuro irão mui provavelmente para o brejo.
3. Ao contrário dos EUA, da Grécia, da Espanha, de Portugal e de tantos outros países, temos dinheiro no banco. Precisamente em razão do fator número 1, nossas reservas financeiras nos põem bem a salvo de qualquer tranco vindo de fora.
4. O Brasil tem imenso potencial agrícola não aproveitado. Enquanto aí pelo mundo as terras produtivas vão escasseando e os limites legais para a sua aquisição vão aumentando, neste país pelo menos uns duzentos e sessenta e sete milhões de acres estão prontos para ser adquiridos a baixo preço e começar a produzir imediatamente. As perspectivas são ótimas: nossa agricultura, essencialmente de livre mercado, é mais rentável que a agricultura subsidiada dos EUA e da maior parte dos países da Europa.
São glórias nada desprezíveis, não é verdade? Mas, ao contrário do que poderiam desejar os adeptos mais afoitos do triunfalismo lulista, o Investor's Daily Edge deixa claro que as de número 1, 2 e 3 não vêm do mês passado, nem do ano passado, nem, para dizer a verdade, dos últimos oito anos: são o resultado do bom trabalho feito desde a primeira metade da década de 90 pelo presidente Itamar Franco e seu ministro Cardoso, depois presidente e continuador da obra. Se o sucessor deles, Lula, não mexeu no time que herdou nem nos planos de jogo, é apenas sinal de que não é louco ou, se o é, não rasga dinheiro. Lênin ou Mussolini, no lugar dele, não agiriam diferente. Por mais que a memória falhe a quem não deseja recordar, diverso é o mérito de quem faz e o de quem simplesmente não desfaz. Toda a ação econômica do governo Lula foi a de um pato no rio: deixar-se levar pela corrente e grasnar de auto-satisfação.
Quanto ao fator número 4, ele diz respeito precisamente ao tal "agronegócio", aquela coisa que petistas, emessetistas e malucos em geral odeiam como à peste e culpam por todos os males da nacionalidade. Bendita peste, no entanto, que alimenta o Brasil com comida barata, espalha o demônio da obesidade entre os esfaimados e ainda faz do país a menina-dos-olhos dos futuros investidores e um forte concorrente da China na disputa por um lugar privilegiado entre as nações.
O Brasil, em suma, só tem uma economia pujante e um belo futuro graças a três coisas que a esquerda dominante não fez e a uma quarta coisa que ela detesta.
Pensem nisso quando forem votar no próximo domingo.

* Texto publicado, originalmente, no Diário do Comércio, do dia 28 de outubro de 2010. Extraído da Home Page do Olavo de Carvalho.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Educação ou deformação?

Por Olavo de Carvalho

O pronunciamento do MEC, que considerou inconstitucional a legalização do homeschooling por violar o direito de todos à educação gratuita, é só mais um exemplo do barbarismo que, a pretexto de educar nossos filhos, lhes impõe todo um sistema de deformidades mentais e morais para fazer deles idiotas criminosos à imagem e semelhança de nossos governantes.
Lembrem o que eu disse dias atrás, sobre as afirmações que não podem ser discutidas, apenas analisadas como sintomas da demência que as produziu. O parecer do MEC sobre o homeschooling inclui-se nitidamente nessa categoria. Desde logo, um direito que, sob as penas da lei, se imponha ao seu alegado beneficiário como uma obrigação, não é de maneira alguma um direito. Direito, como bem explicava Simone Weil, é obrigação reversa: se tenho um direito, é porque alguém tem uma obrigação para comigo. Ter direito a um salário é ter um empregador que está obrigado a pagá-lo. Se, ao contrário, sou eu mesmo o titular do direito e da obrigação de satisfazê-lo, é claro que não tenho direito nenhum, apenas a obrigação. É assim que os luminares do MEC entendem a educação gratuita: as pobres crianças brasileiras, por serem titulares desse direito, são obrigadas a engolir a cafajestada estatal inteira que se transmite nas escolas, sob pena de que seus pais sejam enviados à cadeia. Isso não é um direito: é uma imposição e um castigo. Para sofrê-lo, basta ser criança e inocente.
O pior é que os apologistas dessa coisa nem reparam na impropriedade do vocabulário com que a defendem, indício não só de suas más intenções como também da sua falta da cultura superior indispensável aos cargos que ocupam na Educação nacional. Segundo a agência de notícias da Câmara dos Deputados, o diretor de Concepções e Orientações Curriculares do Ministério, Carlos Artexes Simões, acredita que "a obrigatoriedade de o Estado garantir o ensino fundamental, conforme prevê a Constituição, deve ser exercida na escola". Qual o nexo lógico que essa criatura crê enxergar entre a obrigação estatal de garantir isto ou aquilo e o direito de o governo mandar para a cadeia quem prescinda desse suposto benefício? Desde quando a obrigação de um se converte automaticamente em obrigação de outro, e, pior ainda, em obrigação do titular do direito correspondente? O Estado tem também a obrigação de garantir assistência médica: deveriam então ser processados e presos os cidadãos que recorram a um médico particular, poupando aos cofres públicos uma despesa desnecessária? O Estado tem a obrigação de pagar aposentadorias: nunca fui buscar a minha, à qual tenho direito há mais de uma década. Não fui buscá-la porque ainda estou forte e saudável, graças a Deus, e fico feliz de poupar ao Estado uma quantia que será melhor empregada em benefício de doentes e incapacitados. Devo ser preso por isso? Quanto custa ao Estado a educação de uma criança? Se um indivíduo tem seus impostos em dia e ainda, possuindo dons de educador, dá instrução a seus filhos em casa, cabe ao Estado ser grato ao cidadão exemplar que o auxilia duplamente, com seu dinheiro e com seus serviços, sem nada pedir em troca. Punir essa conduta honrosa é inversão total da moralidade. Sendo nosso governo o que é, não se poderia mesmo esperar dele outra coisa.
Em terceiro lugar, qual a oposição lógica que esses loucos crêem existir entre o homeschooling e o direito à educação gratuita? Imaginam eles que os pais cobram mensalidades dos filhos para educá-los em casa? A coisa é de um contrasenso tão evidente que não percebê-lo à primeira vista indica deficiência mental.
Por fim, o próprio Carlos Artexes Simões não percebe a monstruosidade comunofascista que profere ao declarar que "a escola ainda é a vanguarda do ponto de vista do conhecimento necessário para a construção de um Estado republicano". Por que as crianças deveriam ser usadas como tijolos para a construção deste ou daquele regime político que interesse ao sr. Simões? Se o regime fosse monárquico, isso mudaria em alguma coisa o conteúdo das disciplinas essenciais, como gramática, aritmética e ciências? Mesmo a História e a informação básica sobre direitos humanos não têm por que ser alteradas conforme as preferências do regime. Bem ao contrário: qualquer regime que exista só se legitima na medida em que se submeta aos valores e critérios universais dos quais a educação é portadora, em vez de torcê-los para amoldá-los à política do dia. Como expressão da cultura, a educação deve moldar o governo, não este a educação. Transformar a cultura e a educação em instrumentos do Estado foi o que fizeram Stalin, Hitler, Mussolini, Mao, Fidel Castro e Pol-Pot. O sr. Simões defende essa concepção com a naturalidade sonsa de quem não é capaz de enxergar nada acima de uma política mesquinha, abjeta, oportunista. Talvez ele não o note, mas o que ele entende por educação é manipulação, é abuso intelectual de menores.
Mais desprezível ainda se torna a sua opinião quando ele acrescenta que a escola não visa só à educação, mas à socialização. Não sabe ele que tipo de socialização nossas crianças encontram nas escolas públicas? Não sabe que estas são fábricas de desajustados, de delinqüentes, de criminosos? Não sabe que, em nome da socialização, as condutas piores e mais violentas são ali incentivadas pelo próprio governo que ele representa? Não sabe que agredir professores, destruir o patrimônio das escolas, consumir drogas, entregar-se a obscenidades em público, são atos considerados normais e até desejáveis nessas instituições do inferno? Não sabe ele que há um crescimento proporcional direto da criminalidade infanto-juvenil à medida que se amplia a escolarização?
Por que se faz de inocente, defendendo a escola em abstrato, como um arquétipo platônico, fingindo ignorar a realidade miserável que as escolas públicas brasileiras impõem a seus alunos, ou melhor, às suas vítimas? Por que finge ignorar que, além da deformidade moral e social que ali aprendem, tudo o que os nossos estudantes adquirem nessas instituições é a formação necessária para tirar, sempre e sistematicamente, as piores notas do mundo nas avaliações internacionais?
Com que direito o fornecedor de lixo, de veneno, de dejetos, há de punir quem se recuse a ingeri-los, ou a dá-los a seus filhos?
O que se deve questionar não é o direito de os pais educarem seus filhos em casa: é o direito de politiqueiros e manipuladores ideológicos interferirem na educação das crianças brasileiras. É o próprio direito de o Estado mandar e desmandar numa instituição que o antecede de milênios e à qual ele deve o seu próprio ingresso na existência. Muito antes de que o Estado moderno aparecesse sequer como concepção abstrata, as escolas para crianças e adolescentes, anexas aos monastérios e catedrais (e nem falo das grandes universidades), já haviam alcançado um nível de perfeição que nunca mais puderam recuperar desde que a educação caiu sob o domínio dos políticos.
Se queremos melhorar a educação nacional, a primeira coisa que temos de fazer é tirá-la do controle de manipuladores e demagogos que não se educaram nem sequer a si próprios, a começar pelo sr. presidente da República, que se vangloria obscenamente de sua incapacidade de ler livros.

* O presente artigo foi publicado no dia 23 de outubro de 2009 no website: http://www.olavodecarvalho.org/semana/091023dc.html.