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sábado, 1 de outubro de 2011

Santa Teresinha do Menino Jesus


1 de outubro


Santa Teresinha do Menino Jesus,
rogai por nós!

J'ai compris que, pour devenir une sainte, il fallait beaucoup souffrir, rechercher toujours le plus parfait et s'oublier soi-même; j'ai compris que chaque âme était libre de répondre aux avances de Notre-Seigneur, de faire peu ou beaucoup pour Lui, en un mot de choisir entre les sacrifices qu'Il demande. Alors je me suis écriée: "Mon Dieu je choisis tout." Je ne veux pas être une sainte à moitié, cela ne me fait pas peur de souffrir pour vous.

Eu entendi que, para se tornar uma santa, era preciso sofrer muito, sempre buscar o mais perfeito e se esquecer de si mesmo; eu entendi que cada alma era livre para responder às tentativas de aproximação de Nosso Senhor, livre para fazer pouco ou muito por Ele, numa palavra livre para escolher em meio aos sacrifícios que Ele solicita. Então, eu gritei: "Meu Deus, eu escolho tudo". Eu não quero ser uma santa pela metade, não tenho medo algum de sofrer por Vós.

Santa Teresinha do Menino Jesus, ensina-nos a amar o bom Deus como tu O amaste!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Comentário ao evangelho do dia


Nossa Senhora das Dores

1ª Leitura - Hb 5,7-9
Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

Evangelho - Jo 19,25-27
Naquele tempo, perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmó da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: "Mulher, este é o teu filho". Depois disse ao discípulo: "Esta é a tua mãe". Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.

Comentário feito por Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897)
carmelita, doutora da Igreja

Num dia em que os pecadores escutam a doutrina
DAquele que os queria receber no céu
Encontro-te com eles, Maria, na colina;
Alguém disse a Jesus que tu querias vê-Lo.
Então, o teu divino Filho, diante de toda a multidão,
Do Seu amor por nós mostra a imensidão;
Ele diz: "Quem é a Minha mãe e quem são os Meus irmãos?" e
"Quem é meu irmão, minha irmã e minha mãe, 
Senão aquele que faz a Minha vontade?" (cf. Mt 12,48-50).

Ó Virgem Imaculada, das mães a mais terna,
Ao escutar Jesus, não te entristeces,
Mas te alegras por Ele nos fazer entender
que a nossa alma se torna aqui na terra a Sua família.
Sim, te alegras por Ele nos dar a Sua vida,
Os tesouros infinitos da Sua divindade!
Como poderia não te amar, ó minha mãe querida,
Vendo tanto amor e tanta humildade. [...]

Tu nos amas verdadeiramente como Jesus nos ama
E, por nós, consentes em afastar-te dEle.
Amar é tudo dar e dar-se a si mesmo;
Quiseste prová-lo permanecendo como nosso apoio.
O Salvador conhecia a tua imensa ternura,
Sabia dos segredos do teu coração maternal.
Refúgio dos pecadores, foi a ti que Ele nos entregou
Quando deixou a Sua cruz para nos esperar no céu. [...]

A casa de São João tornou-se o teu único abrigo;
O filho de Zebedeu vai substituir Jesus.
É o ultimo detalhe que nos dá o Evangelho,
Da Rainha dos Céus não me fala mais.
Mas o seu profundo silêncio, ó minha Mãe querida,
Não mostra que o próprio Verbo eterno
Quer ser Ele a cantar os segredos da tua vida
Para encantar os filhos, todos os eleitos do céu?

Em breve irei ouvir essa suave harmonia;
Em breve, no céu tão belo, te verei.
Tu, que me vieste sorrir na manhã da minha vida,
Vem sorrir-me uma vez mais [...] Mãe, eis chegada a noite!
Já não temo o esplendor da tua suprema glória;
Contigo sofri e quero agora
Cantar no teu regaço, Virgem, porque te amo
E quero dizer, para todo o sempre, que sou tua filha!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Comentário ao evangelho do dia

Evangelho - Mt 13,44-46
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: "O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola".

Comentário feito por Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897)
carmelita, doutora da Igreja

A esposa [do Cântico] dos Cânticos diz [...] que se levantou do leito para procurar o seu Bem-Amado na cidade, mas em vão; depois de ter saído da cidade, encontrou Aquele que o seu coração amava (cf. Ct 3, 1-4). Jesus não quer que encontremos a Sua adorável presença no repouso: Ele Se esconde. [...] Oh! Que melodia para o meu coração é esse silêncio de Jesus. Ele Se faz pobre para que possamos usar de caridade para com Ele; estende-nos a mão como um mendigo para que, no dia radioso do julgamento, quando Ele aparecer na Sua glória, possamos escutar as Suas doces palavras: "Vinde, benditos de Meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e Me destes de comer, tive sede e Me destes de beber, era peregrino e Me recolhestes, estava nu e Me destes de vestir, adoeci e Me visitastes, estive na prisão e fostes ter comigo" (Mt 25, 34-36). Foi o próprio Jesus que pronunciou estas palavras, é Ele que quer o nosso amor, que o mendiga. Põe-Se, por assim dizer, à nossa mercê, não quer tomar nada sem que Lho demos. [...] Jesus é um tesouro escondido, um bem inestimável que poucas almas sabem encontrar, porque Ele está escondido e o mundo ama aquilo que brilha. Ah! Se Jesus tivesse querido Se mostrar a todas as almas com os Seus dons inefáveis, certamente não haveria nenhuma que O desdenhasse; mas Ele não quer que O amemos pelos Seus dons: Ele próprio é que deve ser a nossa recompensa. Para encontrarmos uma coisa escondida, temos de nos esconder; a nossa vida deve, portanto, ser um mistério; é preciso assemelharmo-nos a Jesus, a Jesus diante de Quem se tapa o rosto (cf. Is 53,3). [...] Jesus ama-te com um amor tão grande que, se o visses, entrarias num êxtase de felicidade [...], mas não o vês e sofres com isso. Muito em breve Jesus "Se levantará para o julgamento, para salvar os humildes da terra" [Sl 76 (75),10].

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Amar é dar tudo, e dar a si mesmo

Bento XVI

Audiência Geral

Praça São Pedro
Quarta-feira, 6 de abril de 2011.

Santa Teresa de Lisieux

Caros irmãos e irmãs,
hoje gostaria de falar-vos sobre Santa Teresa de Lisieux, Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, que viveu neste mundo somente 24 anos, no final do século XIX, conduzindo uma vida muito simples e escondida, mas que, após a morte e a publicação dos seus escritos, se tornou uma das santas mais conhecidas e amadas. A “pequena Teresa” nunca deixou de ajudar as almas mais simples, os pequenos, os pobres e os sofredores que a ela rezam, mas também iluminou toda a Igreja com a sua profunda doutrina espiritual, a tal ponto que o Venerável Papa João Paulo II, em 1997, desejou dar-lhe o título de Doutora da Igreja, em acréscimo ao de Padroeira das Missões, já atribuído por Pio XI em 1939. O meu amado Predecessor a definiu “perita da scientia amoris” (Novo Milennio ineunte, 27). Teresa exprimiu essa ciência, que vê resplandecer no amor toda a verdade da fé, principalmente no relato de sua vida, publicado um ano após a sua morte sob o título História de uma alma. É um livro que teve logo um enorme sucesso, foi traduzido em muitas línguas e difundido em todo o mundo. Gostaria de convidar-vos a redescobrir esse pequeno-grande tesouro, esse luminoso comentário do Evangelho plenamente vivido! A História de uma alma, de fato, é uma maravilhosa história de Amor, narrada com tal autenticidade, simplicidade e frescor que o leitor não pode não ficar fascinado! Mas que Amor é esse que encheu toda a vida de Teresa, desde a infância até à morte? Caros amigos, esse Amor tem um Rosto, tem um Nome, é Jesus! A Santa fala continuamente de Jesus. Queremos percorrer outra vez as grandes etapas da sua vida, para entrar no coração da sua doutrina.
Teresa nasceu no dia 2 de janeiro de 1873, em Alençon, uma cidade da Normandia, na França. Foi a última filha de Luigi e Zelia Martin, esposos e pais exemplares, beatificados no dia 19 de outubro de 2008. Tiveram nove filhos; desses, quatro morreram em tenra idade. Restaram cinco filhas, que se tornaram todas religiosas. Teresa, aos quatro anos, foi profundamente ferida pela morte de sua mãe (Ms A, 13r). O pai, com as filhas, mudou-se, então, para a cidade de Lisieux, onde se passou toda a vida da Santa. Mais tarde, Teresa, atingida por uma grave doença nervosa, foi curada por uma graça divina, que ela mesma define como o “sorriso de Nossa Senhora” (ibid., 29v-30v). Depois, recebeu a Primeira Comunhão, vivida intensamente (ibid., 35r), e colocou Jesus Eucarístico no centro da sua existência.
A “Graça de Natal”, de 1886, marca a grande reviravolta por ela chamada de sua “completa conversão” (ibid., 44v-45r). Foi curada, de fato, totalmente da sua hipersensibilidade infantil e deu início a um “jornada de gigante”. Aos 14 anos, Teresa começou a se aproximar ainda mais, com grande fé, de Jesus Crucificado, e carregou no coração o caso, aparentemente sem esperanças, de um criminoso condenado à morte e impenitente (ibid., 45v-46v). “Desejei a todo custo impedir-lhe de cair no inferno”, escreveu a Santa, com a certeza de que a sua oração o teria colocado em contato com o Sangue redentor de Jesus. Foi a sua primeira e fundamental experiência de maternidade espiritual: “Tinha tanta confiança na Misericórdia Infinita de Jesus”, escreveu. Com Maria Santíssima, a jovem Teresa amou, acreditou e esperou com “um coração de mãe” (cf. PR 6/10r).
Em novembro de 1887, Teresa dirigiu-se em peregrinação a Roma, juntamente com seu pai e a irmã Celina (ibid., 55v-67r). Para ela, o momento culminante foi a Audiência com o Papa Leão XIII, ao qual pediu a permissão para entrar, com apenas 15 anos, no Carmelo de Lisieux. Um ano depois, o seu desejo se realizou: tornou-se Carmelita, “para salvar as almas e rezar pelos sacerdotes” (ibid., 69v). Ao mesmo tempo, teve início também a dolorosa e humilhante doença mental de seu pai. Foi um grande sofrimento que levou Teresa à contemplação do Rosto de Jesus na sua Paixão (ibid., 71rv). Assim, o seu nome de Religiosa – irmã Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face – expressa o programa de toda a sua vida, na comunhão com os Mistérios centrais da Encarnação e da Redenção. A sua profissão religiosa, na festa da Natividade de Maria, aos 8 de setembro de 1890, foi para ela um verdadeiro matrimônio espiritual na “pequenez” evangélica, caracterizada pelo símbolo da flor: “Que bela festa a Natividade de Maria para tornar-se esposa de Jesus!”, escreveu. “Era a pequena Virgem Santa de um dia que apresentava a sua pequena flor ao pequeno Jesus” (ibid., 77r). Para Teresa, ser religiosa significava ser esposa de Jesus e mãe das almas (cf. Ms B, 2v). No mesmo dia, a Santa escreveu uma oração que indica toda a orientação da sua vida: pedia a Jesus o dom do seu Amor infinito, de ser a menor de todas, e sobretudo pedia a salvação de todos os homens: “Que nenhuma alma seja condenada hoje” (Pr 2). Sua Oferta ao Amor Misericordioso, feita na festa da Santíssima Trindade de 1895 é de grande importância (Ms A, 83v-84r; Pr 6): uma oferta que Teresa compartilhou imediatamente com as suas coirmãs, sendo já vice-mestra de noviças.
Dez anos depois da “Graça de Natal”, em 1896, veio a “Graça de Páscoa “, que abriu o último período da vida de Teresa, com o início da sua paixão em união profunda à Paixão de Jesus; tratou-se da paixão do corpo, com a doença que a conduziu à morte através de grandes sofrimentos, mas sobretudo tratou-se da paixão da alma, com uma dolorosíssima provação da fede (Ms C, 4v-7v). Com Maria ao lado da Cruz de Jesus, Teresa viveu então a fé mais heroica, como luz nas trevas que invadiam sua alma. A Carmelitana tinha consciência de estar vivendo essa grande provação pela salvação de todos os ateus do mundo moderno, chamados por ela de “irmãos”. Viveu então ainda mais intensamente o amor fraterno (8r-33v): em relação às suas irmãs de comunidade, aos seus dois irmãos espirituais missionários, aos sacerdotes e a todos os homens, especialmente os mais afastados. Tornou-se verdadeiramente uma “irmã universal”! A sua caridade amável e sorridente era a expressão da alegria profunda, da qual ela nos revelou o segredo: “Jesus, a minha alegria é amar a Ti” (P 45/7). Nesse contexto de sofrimento, vivendo o maior amor nas pequenas coisas da vida cotidiana, a santa levou a cumprimento a sua vocação de ser o Amor no coração da Igreja (cf. Ms B, 3v).
Teresa morreu na noite de 30 de setembro de 1897, pronunciando as simples palavras “Meu Deus, vos amo!”, olhando o Crucifixo que segurava nas mãos. Essas últimas palavras da Santa são a chave de toda a sua doutrina, da sua interpretação do Evangelho. O ato de amor, expresso no seu último suspiro, era como o contínuo respiro da sua alma, como o batimento do seu coração. As simples palavras “Jesus, Te amo” estão no centro de todos os seus escritos. O ato de amor a Jesus a mergulhou na Santíssima Trindade. Ela escreveu: “Ah, Tu o sabes, Divino Jesus, Te amo, / O Espírito de Amor me inflama com o seu fogo, / É amando-Te que eu atraio o Pai” (P 17/2).
Caros amigos, também nós, com Santa Teresa do Menino Jesus, devemos poder repetir a cada dia ao Senhor que desejamos viver de amor a Ele e aos outros, aprender na escola dos santos a amar de modo autêntico e total. Teresa é um dos “pequenos” do Evangelho que se deixam conduzir por Deus na profundidade do seu Mistério. Uma guia para todos, sobretudo para aqueles que, no Povo de Deus, desempenham o ministério de teólogos. Com a humildade e a caridade, a fé e a esperança, Teresa entra continuamente no coração da Sagrada Escritura que contém o Mistério de Cristo. E tal leitura da Bíblia, nutrida pela ciência do amor, não se opõe à ciência acadêmica. A ciência dos santos, de fato, da qual ela mesma fala na última página da História de uma alma, é a ciência mais alta. “Todos os santos o compreenderam e de modo mais particular talvez aqueles que encheram o universo com a irradiação da doutrina evangélica. Não é, porventura, da oração que os Santos Paulo, Agostinho, João da Cruz, Tomás de Aquino, Francisco, Domingos e tantos outros ilustres Amigos de Deus extraíram essa ciência divina que fascina os maiores gênios?” (Ms C, 36r). Inseparável do Evangelho, a Eucaristia é, para Teresa, o Sacramento do Amor Divino que se abaixa ao extremo para elevar-nos a Ele. Na sua última Carta, sobre uma imagem que representa o Menino Jesus na Hóstia Consagrada, a Santa escreve estas simples palavras: “Não posso temer um Deus que, para mim, se fez tão pequeno! [...] Eu O amo! De fato, Ele não é senão Amor e Misericórdia!” (LT 266).
No Evangelho, Teresa descobriu sobretudo a Misericórdia de Jesus, a ponto de ter afirmado: “A mim Ele deu a sua Misericórdia infinita, através dela contemplo e adoro as outras perfeições divinas! [...] Então, todas parecem radiantes de amor, a Justiça mesma (e talvez ainda mais que qualquer outra) parece-me revestida de amor” (Ms A, 84r). Assim, se expressa nas últimas linhas da História de uma alma: “Apenas dou uma olhada no Santo Evangelho, subitamente respiro os perfumes da vida de Jesus e sei para onde correr... Não é ao primeiro lugar, mas ao último que me lanço… Sim, o sinto, mesmo se tivesse a consciência de todos os pecados que se podem cometer, iria, com o coração partido de arrependimento, para lançar-me nos braços de Jesus, porque sei o quanto ama o filho pródigo que retorna a Ele” (Ms C, 36v-37r). “Confiança e Amor” são, portanto, o ponto final da narrativa da sua vida, duas palavras que, como faróis, iluminaram todo o seu caminho de santidade, para poder guiar os outros sobre a “pequena vida da confiança e do amor”, da infância espiritual (cf. Ms C, 2v-3r; LT 226). Confiança como aquela da criança que se abandona nas mãos de Deus, inseparável do compromisso forte, radical do verdadeiro amor, que é dom total de si, para sempre, como diz a Santa contemplando Maria: “Amar é dar tudo, e dar a si mesmo” (Perché ti amo, o Maria, P 54/22). Assim, Teresa indica a todos nós que a vida cristã consiste em viver plenamente a graça do Batismo no dom total de si ao Amor do Pai, para viver como Cristo, no fogo do Espírito Santo, o Seu mesmo amor por todos os outros. Obrigado.

Apelo
Continuo acompanhando com grande apreensão os dramáticos acontecimentos que as queridas populações da Costa do Marfim e da Líbia estão vivendo nestes dias. Espero, além do mais, que o Cardeal Turkson, que eu havia encarregado de ir à Costa do Marfim para manifestar a minha solidariedade, possa entrar no país brevemente. Rezo pelas vítimas e estou próximo de todos aqueles que estão sofrendo. A violência e o ódio são sempre uma derrota! Por isto, dirijo um novo apelo a todas as partes envolvidas, para que se inicie a obra de pacificação e de diálogo e se evitem posteriores derramamentos de sangue.

* Extraído do site do Vaticano, do dia 6 de abril de 2011. Traduzido por Paulo R. A. Pacheco.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Comentário ao evangelho do dia

Evangelho - Mc 3,13-19
Naquele tempo, Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, com autoridade para expulsar os demônios. Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer "filhos do trovão"; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.

Comentário feito por Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897)
Carmelita, Doutora da Igreja 

Não vou fazer outra coisa senão começar a cantar o que eternamente devo repetir – "As misericórdias do Senhor"!!! (Sl 88,1) [...] Abrindo [...] o santo Evangelho, os meus olhos caíram sobre estas palavras: "Tendo Jesus subido a um monte, chamou a Si aqueles que lhe aprouve; e vieram para Ele". Eis todo o mistério da minha vocação, da minha vida inteira e, sobretudo, o mistério dos privilégios de Jesus para com a minha alma... Não chama aqueles que são dignos, mas aqueles que Lhe apraz ou, como diz São Paulo: "Deus tem piedade de quem Ele quer e faz misericórdia a quem Ele quer fazer misericórdia. Não é portanto do que quer nem do que corre, mas de Deus que faz misericórdia" (Rom 9, 15-16). Durante muito tempo me perguntei por que Deus tinha preferências, por que nem todas as almas recebiam igual medida de graças; admirava-me ao vê-Lo prodigalizar favores extraordinários aos Santos que o tinham ofendido, como São Paulo, Santo Agostinho e que Ele forçava, por assim dizer, a receber as Suas graças; ou então, ao ler a vida dos santos que Nosso Senhor Se comprazia em acarinhar, deste o berço à sepultura, sem permitir no seu caminho qualquer obstáculo que os impedisse de se elevarem para Ele. [...] Jesus dignou-se instruir-me acerca deste mistério. Colocou diante de mim o livro da natureza e compreendi que todas as flores que Ele criou são belas. [...] Quis criar os grandes santos que podem ser comparados aos lírios e às rosas; mas criou também outras, menores e estas devem contentar-se com ser margaridas ou violetas, destinadas a deleitar os olhares de Deus quando as curva aos Seus pés. A perfeição consiste em fazer a Sua vontade, em ser o que Ele quer que sejamos... 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Comentário ao evangelho do dia

Evangelho - Lc 1,39-45
Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu".

Comentário feito por Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897)
carmelita, Doutora da Igreja 

Como te amo, Maria, quando te dizes serva
do Deus que conquistaste pela tua humildade (Lc 1, 38),
tornou-te onipotente essa virtude oculta.
Trouxe ao teu coração a Santíssima Trindade 
e quando o Espírito de Amor te cobriu com a Sua sombra (Lc 1, 35),
o Filho, igual ao Pai, em ti encarnou.
Inúmeros serão os Seus irmãos pecadores,
Uma vez que Jesus é o teu primogênito! (Lc 2, 7)

Ó Mãe muito amada, apesar da minha pequenez,
trago em mim, como tu, o Todo-Poderoso,
mas não tremo ao ver em mim tanta fraqueza.
Os tesouros da Mãe pertencem aos filhos
e eu sou tua filha, ó Mãe querida.
As tuas virtudes e o teu amor não me pertencerão também?
E quando ao meu coração chega a Hóstia santa,
Jesus, teu suave Cordeiro, crê repousar em ti!

Fazes-me sentir que não é impossível
seguir os teus passos, ó Rainha dos eleitos,
porque tornaste o trilho do céu visível,
vivendo cada dia as mais humildes virtudes.
A teu lado, Maria, gosto de ser pequena 
para ver como são vãs as grandezas do mundo.
Ao ver-te visitar a casa de Isabel,
aprendo a praticar uma caridade ardente.

Aí, escuto arrebatada, doce Rainha dos anjos,
o canto sagrado que jorrou do teu peito (Lc 1, 46 ss.);
ensinas-me a cantar os divinos louvores
e a gloriar-me em Jesus, meu Salvador.
Tuas palavras de amor são rosas místicas
que perfumarão os séculos vindouros.
Em ti, o Todo-Poderoso fez maravilhas,
desejo meditá-las a fim de delas usufruir.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Comentário ao evangelho do dia

Evangelho - Mt 11, 28-30
Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: "Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".

Comentário feito por Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897)
carmelita, Doutora da Igreja 

Oh Jesus, quando fostes viajante neste mundo, dissestes: aprendei de Mim, que "sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito". Oh poderoso monarca dos céus, sim, a minha alma encontra descanso ao ver-Vos, revestido com a forma e a natureza do escravo (Fil 2, 7), abaixar-Vos a ponto de lavardes os pés aos apóstolos. Recordo-me então das palavras que proferistes para me ensinar a praticar a humildade: "Dei-vos o exemplo, para que façais como Eu fiz. Se compreenderdes isto, sereis felizes se o praticardes" (Jo 13, 15-17). Compreendo-as, Senhor, estas palavras saídas do Vosso coração manso e humilde, e desejo praticá-las, com o auxílio da Vossa graça. Desejo abaixar-me humildemente e submeter a minha vontade à das minhas irmãs, em nada as contrariando, sem verificar se têm o direito de mandar em mim. Ninguém tinha o direito de mandar em Vós, meu Bem-Amado, e contudo Vós obedecestes, não apenas à Santíssima Virgem e a São José, mas também aos Vossos carrascos. Agora, é na hóstia que Vos vejo assumir o cúmulo do Vosso aniquilamento. Que humildade a Vossa, oh Divino Rei da Glória! [...] Oh meu Bem-Amado, sob o véu da branca hóstia, que manso e humilde de coração Vos mostrais! [...] Oh Jesus, manso e humilde de coração, tornai o meu coração semelhante ao Vosso! 

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Comentário ao evangelho do dia

Evangelho - Mt 5,38-42
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Ouvistes o que foi dito: 'Olho por olho e dente por dente!' Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado".

Comentário feito por Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897)
carmelita, Doutora da Igreja

Viver do Amor é dar sem olhar
Sem neste mundo exigir um salário.
Ah! Eu dou sem contar,
pois sei que quem ama é perdulário!
Ao Coração Divino, que transborda ternura,
Dei tudo. [...] Corro os meus dias ligeira, sem dor nem fraqueza
Nada mais tendo que esta minha riqueza:
Viver do Amor.

Viver do Amor é banir o temor,
Riscando a lembrança dos erros passados.
De meus pecados não vejo nem cor,
Com amor inflamante foram perdoados!
Ó doce fornalha, ó divina chama,
Morada que elejo com todo o fulgor,
Canto em teu fogo, e sou eu quem clama (cf. Dn 3, 51):
"Vivo de Amor!" [...]

"Viver do Amor, que estranha loucura!"
O mundo me diz "Cessai de cantar!
"Que os perfumes e a vida futura
Com utilidade os deveis empregar!"
Amar-Te, Jesus, se é perda, é ganho fecundo!
Para sempre são Teus meus perfumes, Senhor,
Quero cantar ao deixar este mundo:
"Morro de Amor !"

Amar é dar tudo e dar-se a si mesmo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Cartas do P.e Aldo 146

Asunción, 9 de junho de 2010.

Caríssimos,
obrigado de coração pela amizade de vocês e pelo desejo de tantos de vir a São Rafael para ver o que a Divina Providência realiza. Porém, cada desejo deve prestar contas com o que Carrón nos ensina: que somos chamados, onde quer que estejamos, a viver intensamente a realidade para que aquele “Tu, Cristo” domine cada circunstância. Nestes anos, foram muitas as visitas e os pedidos que chegaram, dia após dia, da Itália. Tivemos, não poucas vezes, vários problemas com as visitas, alguns porque as pessoas pensam que sabem tudo, outros porque acreditam encontrar aqui a solução mágica para seus problemas, outros porque, a seu modo e com tanta boa fé, querem ajudar sem, porém, levar em conta todos os fatores. Assim sendo, aproveitando a ocasião do encontro com todos os responsáveis de CL da América Latina e com o coração do Centro Internacional do Movimento de Milão, senti necessidade de verificar com ele a situação, chegando às conclusões que resumo nesta carta.

1. A nossa amizade – de alguns, sou amigo há mais de 30 anos – precisa redescobrir sempre mais a sua origem, que é o eu de cada um comovido pelo encontro com Cristo, graças a uma autêntica filiação ao carisma, hoje guiado por Carrón. Neste sentido, poderemos também nós nos vermos por 30 anos e viver um relacionamento de uma intensidade incomparável e, ainda por cima, sermos uma companhia missionária única, mesmo sem partir em missão.
2. A nossa amizade será operativa, onde quer que vivamos, apenas se for sustentada e alimentada por esta consciência: ser missionários é propor o que somos a todos na modalidade de nossa vocação.
3. Quanto ao nosso relacionamento com o Paraguai e as missões em geral do Movimento, ficou decidido:
a. O ponto de referência para quem quer que seja que queira partir em missão deve ser a secretaria internacional, que avaliará cada solicitação. Isto vale para todos aqueles que, obviamente, queiram partir para as missões do movimento, inclusive a nossa paróquia.
b. Isto é para que se evitem tantos problemas que todos já conhecemos, inclusive os problemas das referências para as quais as pessoas são chamadas a olhar.
c. É importante que também nós, por eventuais necessidades, passemos pelo centro internacional. O responsável, para quem quiser partir em missão, seja “velho” ou seja “novo”, é Padre Michele.
4. Quanto ao que respeita ao nosso caso concreto:
a. O responsável administrativo e diretor geral da Clínica é o bio-engenheiro Sergio Franco, um dos Memores de Buenos Aires, que se transferiu para Asunción. Obviamente, em companhia de alguns amigos e sob a orientação do chefe, o Santíssimo Sacramento, de quem o Padre Aldo é o “suplente”. Caberá a Sergio solicitar, mediante os órgãos competentes, aquilo de que a clínica tem necessidade. Para as outras obras, o ponto de referência é Padre Paolino, a quem cabe verificar cada pedido.
b. Sergio foi escolhido como ponto de referência por aqueles que trabalham na área da saúde do Continente.
c. O ponto de referência na Itália, para questões concretas da obra, é o Cônsul Honorário do Paraguai, o D.r Roberto Sega. Isto também para facilitar eventuais pedidos de material ou outras coisas. De forma que, todos os que desejam nos ajudar, devem se dirigir a ele, que vive em Concorezzo, na província de Milão. O seu celular é +39 3358225801 e o telefone de sua casa é +39 039 647448. O seu email é: roberto.sega@unimib.it.
d. Seja como for, todos aqueles que desejem vir até aqui devem ter como ponto de referência o que foi indicado pelo Centro Internacional: Padre Michele Berchis. Trata-se de um princípio que vale seja para quem, há anos, vem para cá, seja para quem vem pela primeira vez. É necessário reconhecer que o Movimento é um e todos devemos amar esta unidade antes de qualquer outra coisa. O que nasce desta unidade é gratuidade, e educa. O que nasce da própria generosidade, pelo contrário, no longo prazo, cria confusão e destrói, como já aconteceu.

Caros amigos, a experiência destes anos nos tornou conscientes de que este é o único caminho para nos educar a ajudar a nossa missão. Obedecer a estas indicações é, para nós, motivo de paz e, para vocês, de afeto autêntico por nós. Lembrem-se de que a nossa missão é apenas a de anunciar Cristo, educando os nativos a se tornarem eles mesmos protagonistas de suas vidas e das eventuais obras que nascerem. Mas, para isto, é necessário que aconteça, para nós que vivemos aqui, o que o Batista dizia de si: “é necessário que eu diminua para que Ele cresça”. Nós estamos aqui apenas para cuidar da alegria destes amigos que encontraram a Cristo e não para ser o chefe deles. Espero que, mesmo aqueles que se justificam a partir do argumento da longa amizade, receba com grande alegria este pedido e, particularmente, se é verdadeiro amigo, que siga Carrón com afeto, porque só assim poderá gozar da beleza do carisma e servir verdadeiramente às Missões, como nos disse e nos pede – tendo sido proclamada padroeira das “Missões” – Santa Terezinha que viveu por toda a sua vida num mosteiro de clausura.
Padre Aldo