quinta-feira, 10 de junho de 2010

Cartas do P.e Aldo 146

Asunción, 9 de junho de 2010.

Caríssimos,
obrigado de coração pela amizade de vocês e pelo desejo de tantos de vir a São Rafael para ver o que a Divina Providência realiza. Porém, cada desejo deve prestar contas com o que Carrón nos ensina: que somos chamados, onde quer que estejamos, a viver intensamente a realidade para que aquele “Tu, Cristo” domine cada circunstância. Nestes anos, foram muitas as visitas e os pedidos que chegaram, dia após dia, da Itália. Tivemos, não poucas vezes, vários problemas com as visitas, alguns porque as pessoas pensam que sabem tudo, outros porque acreditam encontrar aqui a solução mágica para seus problemas, outros porque, a seu modo e com tanta boa fé, querem ajudar sem, porém, levar em conta todos os fatores. Assim sendo, aproveitando a ocasião do encontro com todos os responsáveis de CL da América Latina e com o coração do Centro Internacional do Movimento de Milão, senti necessidade de verificar com ele a situação, chegando às conclusões que resumo nesta carta.

1. A nossa amizade – de alguns, sou amigo há mais de 30 anos – precisa redescobrir sempre mais a sua origem, que é o eu de cada um comovido pelo encontro com Cristo, graças a uma autêntica filiação ao carisma, hoje guiado por Carrón. Neste sentido, poderemos também nós nos vermos por 30 anos e viver um relacionamento de uma intensidade incomparável e, ainda por cima, sermos uma companhia missionária única, mesmo sem partir em missão.
2. A nossa amizade será operativa, onde quer que vivamos, apenas se for sustentada e alimentada por esta consciência: ser missionários é propor o que somos a todos na modalidade de nossa vocação.
3. Quanto ao nosso relacionamento com o Paraguai e as missões em geral do Movimento, ficou decidido:
a. O ponto de referência para quem quer que seja que queira partir em missão deve ser a secretaria internacional, que avaliará cada solicitação. Isto vale para todos aqueles que, obviamente, queiram partir para as missões do movimento, inclusive a nossa paróquia.
b. Isto é para que se evitem tantos problemas que todos já conhecemos, inclusive os problemas das referências para as quais as pessoas são chamadas a olhar.
c. É importante que também nós, por eventuais necessidades, passemos pelo centro internacional. O responsável, para quem quiser partir em missão, seja “velho” ou seja “novo”, é Padre Michele.
4. Quanto ao que respeita ao nosso caso concreto:
a. O responsável administrativo e diretor geral da Clínica é o bio-engenheiro Sergio Franco, um dos Memores de Buenos Aires, que se transferiu para Asunción. Obviamente, em companhia de alguns amigos e sob a orientação do chefe, o Santíssimo Sacramento, de quem o Padre Aldo é o “suplente”. Caberá a Sergio solicitar, mediante os órgãos competentes, aquilo de que a clínica tem necessidade. Para as outras obras, o ponto de referência é Padre Paolino, a quem cabe verificar cada pedido.
b. Sergio foi escolhido como ponto de referência por aqueles que trabalham na área da saúde do Continente.
c. O ponto de referência na Itália, para questões concretas da obra, é o Cônsul Honorário do Paraguai, o D.r Roberto Sega. Isto também para facilitar eventuais pedidos de material ou outras coisas. De forma que, todos os que desejam nos ajudar, devem se dirigir a ele, que vive em Concorezzo, na província de Milão. O seu celular é +39 3358225801 e o telefone de sua casa é +39 039 647448. O seu email é: roberto.sega@unimib.it.
d. Seja como for, todos aqueles que desejem vir até aqui devem ter como ponto de referência o que foi indicado pelo Centro Internacional: Padre Michele Berchis. Trata-se de um princípio que vale seja para quem, há anos, vem para cá, seja para quem vem pela primeira vez. É necessário reconhecer que o Movimento é um e todos devemos amar esta unidade antes de qualquer outra coisa. O que nasce desta unidade é gratuidade, e educa. O que nasce da própria generosidade, pelo contrário, no longo prazo, cria confusão e destrói, como já aconteceu.

Caros amigos, a experiência destes anos nos tornou conscientes de que este é o único caminho para nos educar a ajudar a nossa missão. Obedecer a estas indicações é, para nós, motivo de paz e, para vocês, de afeto autêntico por nós. Lembrem-se de que a nossa missão é apenas a de anunciar Cristo, educando os nativos a se tornarem eles mesmos protagonistas de suas vidas e das eventuais obras que nascerem. Mas, para isto, é necessário que aconteça, para nós que vivemos aqui, o que o Batista dizia de si: “é necessário que eu diminua para que Ele cresça”. Nós estamos aqui apenas para cuidar da alegria destes amigos que encontraram a Cristo e não para ser o chefe deles. Espero que, mesmo aqueles que se justificam a partir do argumento da longa amizade, receba com grande alegria este pedido e, particularmente, se é verdadeiro amigo, que siga Carrón com afeto, porque só assim poderá gozar da beleza do carisma e servir verdadeiramente às Missões, como nos disse e nos pede – tendo sido proclamada padroeira das “Missões” – Santa Terezinha que viveu por toda a sua vida num mosteiro de clausura.
Padre Aldo

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