Asunción, 05 de maio de 2010.
Caros amigos,
Somente olhando Jesus no rosto cada aspecto da realidade é uma provocação a dizer “Sim”. E no Sim a Cristo nasce a liberdade para viver o próprio “eu” como dom comovido de si. Ontem, um juiz de menores me trouxe este pequeno Jesus, que uma garotinha deu à luz, colocou numa sacola plástica, sem nenhuma proteção, e deixou num nicho daqueles que existem ao longo das estradas, onde se costuma colocar uma cruz para lembrar uma pessoa morta em um acidente automovilístico. Ela a deixou exatamente aos pés da cruz. Às cinco horas da manhã, fazia frio e chovia, passa um camponês por ali. Escuta os gemidos, se vira e vê uma mãozinha saindo de dentro da sacola plástica. Corre, pega a sacola: é uma menininha recém-nascida. Leva-a para o hospital e, depois, o juiz me trouxe ela como presente. Nós a chamamos de Nageli, Natalia e Milagro. Nageli e Natalia para recordar as duas meninas mortas de mamãe Cristina. Milagro, porque é um milagre. Deixo a cada um de vocês imaginar a minha comoção.
Em dois dias, dois pequenos Jesus vieram me encontrar. Rezem pelos meus filhinhos e por mim, para que o meu Sim a Cristo, à realidade, seja sempre imediato, preciso e concreto como aquele de Nossa Senhora.
Com afeto,
Padre Aldo
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