"Jesus (...) disse: 'sede perfeitos como o vosso Pai que está no céu é perfeito'. Oh, Deus, perfeitos como o Pai; sejam perfeitos como o Pai, o infinito mistério, a absoluta perfeição! Mas o passo de um outro evangelho esclarece o termo 'perfeito': 'Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso'. Não há diferença. Se a perfeição é a misericórdia, somos incapazes de perfeição e somos incapazes de misericórdia, mas caminhamos com Ele, como uma criança que olha seu pai e lhe dá a mão e, com seu pai, entra dentro da mata escura e supera todas as dificuldades dos passos. É um caminho no qual está também o pecado. Mas é abolida a medida como fator de juízo do tempo que o homem enfrenta. É abolida toda medida. Ao invés da medida ('somos capazes, não somos capazes, somos fortes, não somos fortes'), a gratuidade: é o coração que se transforma em desejo de gratuidade, a grande imitação da misericórdia, o grande início, início apenas ligeiramente marcado pela perfeição, pela gratuidade - a gratuidade!
(GIUSSANI, Luigi. Come si diventa cristiani, 2007, p. 31)
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