quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Papa explica os apóstolos

Por Julián Carrón

As estradas da Galileia são o cenário de fundo das aventuras descritas no livro Os amigos de Jesus, texto que recolhe trechos tirados das catequeses de Bento XVI, nas audiências gerais das quartas-feiras, dedicadas aos apóstolos e a São Paulo. O livro, destinado principalmente ao público infanto-juvenil, é enriquecido com ilustrações de Franco Vignazia. Publicamos a introdução assinada pelo presidente da Fraternidade de Comunhão e Libertação e intitulada "Um encontro que muda a vida. 'Vinde e vede'"

Existe um pequeno grupo de homens que, um dia, dois mil anos atrás, encontrou um jovem que caminhava pelas estradas da Galileia, no Oriente Médio. Cada um tinha o seu próprio trabalho e a sua própria família, mas houve um instante em que toda a vida deles mudou. Chamavam-se André e João, Pedro, Mateus, Tomé... Eram doze e nós, hoje, os conhecemos como os "apóstolos". Um deles, depois, o traiu e no seu lugar foi escolhido Matias.
Naquela época, em Jerusalém, todos sabiam que eram os "amigos" de Jesus. Viam-nos indo de vilarejo em vilarejo, sempre seguindo o seu mestre, em tudo aquilo que Ele fazia.
A eles se juntou Paulo. O seu encontro aconteceu de um modo muito estranho: enquanto viajava para a cidade de Damasco, ouviu a voz de Jesus que lhe perguntava: "Por que me persegues?". Ficou tão chocado que caiu do cavalo; daquele momento em diante a sua vida mudou totalmente e, de perseguidor de cristãos, se tornou a maior testemunha de Jesus. Viajou muito para contar a todos aquilo que lhe havia acontecido.
Bento XVI é o sucessor de Pedro, para quem Jesus deu a tarefa de guiar a Igreja como primeiro Papa. Este livro ilustrado recolhe alguns trechos dos seus encontros de quarta-feira, em Roma, com os peregrinos, encontros que se chamam "Audiências Gerais", dedicadas aos doze apóstolos e a São Paulo.
O Papa nos pega pela mão e nos acompanha no rumo da descoberta de quem eram os primeiros companheiros de Cristo, como O encontraram e como foram conquistados por Ele até o ponto de decidirem não O abandonar nunca mais.
O Papa nos leva para dois mil anos atrás e nos faz testemunhar aquilo que Jesus disse e fez com aqueles homens: leva-nos às margens do rio Jordão, junto a João Batista que batizou Jesus, quando André e João Lhe perguntaram onde ele estava morando e escutaram a resposta: "Vinde e vede". Ou então, nos transporta até uma manhã de primavera, na beira do lago de Tiberíades, onde Jesus perguntou a Pedro "Tu me amas?", e nos faz escutar a sua resposta, repetida outras vezes: "Senhor, Tu sabes tudo, Tu sabes que eu Te amo".
Bento XVI, falando de João, o discípulo mais novo e predileto, aquele que, na Última Ceia, apoiou a cabeça no peito de Jesus, diz: "O Senhor nos ajude a aprender com João, de tal forma que nos sintamos amados por Cristo 'até ao fim'  e gastemos a vida por Ele".

* Texto extraído do jornal L'Osservatore Romano, do dia 21 de julho de 2010 (p. 6). Traduzido por Paulo R. A. Pacheco.

Um comentário:

Valéria disse...

Obrigada, Paulo, por esse seu trabalho de postar em seu blog textos belíssimos como essa introdução de Carròn à obra do Santo Padre.
Um abraço,
Valéria (Rio de Janeiro)