No fundo de mim mesmo
um silêncio-sem-fim
me consome a alma.
Não-vivo, reconheço Olhos
que me observam indulgentes
mas nada dizem, apenas esperam
o Silêncio de uma contemplação.
O mutismo do meu silêncio-sem-fim
cala o que em mim resta de mim mesmo.
E nada digo
E nada sou
E permaneço no nada de mim mesmo
Sem tornar pedido
o grito que ecoa no vazio:
"Faça-me"
Onde o Teu Rosto?
Onde a Tua Voz?
Onde o Rosto que é o meu?
Grite o que eu não grito,
mas faça-Se ouvir
faça-Se ver! (seja-me)
Paris, 04/07/2003
2 comentários:
Ecos.
Só hoje tive acesso ao teu blog. magnifico!.
Podemos trocar prosa?
Espero que dês conta desta postagem.
Estou no lcanhanga@hotmail.com
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