sexta-feira, 3 de abril de 2009

Cartas do P.e Aldo 14

Asunción, 01 de abril de 2009.

Caros amigos,
De volta, mando para vocês, como agradecimento pelo afeto de vocês e pela amizade, estes testemunhos que os meus doentes, na minha ausência, me mandaram quando estava em Barcelona. São comoventes porque são a evidência do que faz a familiaridade com Jesus, quando o nosso coração está dedicado ao irmão que sofre.
Até breve
P.e Aldo
Testemunhos de pacientes da Clínica Divina Providência
20 de março de 2009
Querido Padre, envio-lhe todos os testemunhos que, graças a Deus, consegui recolher em um dia. Testemunhos de todos os pacientes que podem falar, com ou sem dificuldade. E para que tenha certeza do quanto lhe querem bem e sentem a sua falta, lhe enviam algumas palavras exclusivas para o seu coração de Padre, depois de terem contado, com tanta emoção, os milagres de amor e de esperança que Deus operou e continua operando, graças ao senhor, nas suas vidas. Com tanto afeto, sua Irmã maria da Cruz.

O milagre de Dom Giussani
Padre Aldo, teremos o senhor sempre nos nossos corações
Celeste é minha filha de onze anos. Um milagre de Giussani.
Quando estávamos no Hospital, ela na terapia intensiva e eu com o seu irmãozinho recém-nascido entre os braços, decidi chamar seu pai, que me ajudou muito, para que eu pudesse ficar com ela no Hospital durante o dia e ele à noite. Voltava para casa com a angústia de não saber como minha filha acordaria, se, ao voltar para o Hospital, a encontraria viva ou se teria uma notícia ruim: este era o pensamento que me acompanhava todos os dias. Um dia, a doutora que tomava conta dela aproximou-se de mim para me dar a notícia que eu queria tanto escutar: me disse que Celeste estava melhorando pouco a pouco, mas não totalmente, de forma que ainda não havia sido eliminado todo risco. Depois de três semanas, a médica me levou até a terapia intensiva para me mostrar que Celeste já havia aberto os olhos; me disse: “Celeste acordou”. Eu não sabia se chorava de felicidade ou que fazer, porém chorei muito, entre felicidade e angústia. Depois de vinte e dois dias, avisaram-me que ela estava saindo da terapia intensiva. Mudamos de sala, os médicos fizeram de tudo para que melhorasse, porém, depois, me disseram que não poderia mais tomar os remédios e teve, então, uma recaída. A partir de então, não se poderia mais fazer nada, apenas esperar, colocando-a nas mãos de Deus. Dupliquei, então, as minhas orações, rezei muito para que Celeste pudesse encontrar um lugar de paz e de tranquilidade. Um dia, a médica me falou desta Clínica e, por um segundo, pensei que estavam me tirando a minha filha e chorei de novo muito, tinha muito medo, porque não tinha defesas: eu estava como um bebê totalmente indefeso, sem nenhuma possibilidade de me mover. Perguntei à médica se eu poderia ficar do lado de minha filha e ela disse que sim. Agradeci a Deus por me ter escutado e começamos a preencher os documentos para a nova internação. Na mesma tarde em que seu pai trouxe os documentos para esta Clínica, nos chamaram para nos dizer que existia um lugar para Celeste aqui.
Quando cheguei aqui com minha filha, surpreendi-me com a incrível gentileza das pessoas. Receberam-na com tanto afeto, tanto amor... e agradeci, de novo, a Deus porque nunca nos tinha abandonado. Lembro-me de que na mesma noite do dia em que chegamos, tinha uma garrafa de água ao lado do leito de Celeste, e ela, só com o olhar, me disse: - mamãe, quero um pouco de água. Tudo o que ela conseguia fazer era me olhar e, todavia, durante estes quatro meses, desde quando estamos aqui, o milagre de Deus foi, de verdade, grande. Tenho muita fé em Deus, na Virgem e em todos os santos. Acho que a fé é mesmo muito importante. Rezava dia e noite por ela, seja quando caminhava, seja quando fazia o que devia fazer. Deus me mostra que continua a me escutar e Lhe peço que Celeste possa falar outra vez, com a esperança de que o fará, porque já consegue dizer algumas vogais. Além do mais, já caminha e está cheia de vida, de energia e sorri sempre.
Não me cansarei nunca de lhe agradecer, Padre Aldo e a todos da Clínica, pelo afeto que têm pela minha filha, pelo amor que lhe dão todos os dias. Normalmente, entre os parentes dos pacientes da Clínica, nos dizemos que, no Paraguai, não é possível encontrar um sacerdote que se divida em quatro por amor aos seus compatriotas, enquanto que o Padre Aldo, um estrangeiro que veio para o nosso país para construir uma morada, oferece o Paraíso a todos.
Obrigada, Padre Aldo, de todo o coração. Rezo a Deus e a Nossa Senhora para que o senhor fique com a gente para sempre, porque não acredito que possa existir, no mundo, uma outra pessoa como o senhor. Além do mais, Deus escutou a súplica de Padre Aldo a Giussani por Celeste, e continua escutando. Mesmo nós temos rezado a Giussani pela a vida de Padre Aldo, pedindo-lhej que o ilumine sempre.
Padre, obrigada pelo afeto que demonstra pela minha filha. Celeste sente muito a sua falta e sempre me pergunta de você. Escreve para mim no seu caderno: “onde está o Padre?”. E, para que eu entenda melhor, me indica o Aldinho deitado no seu berço. Mesmo nós sentimos muito a sua falta e esperamos que volte logo.
A mãe de Celeste,
Delma

Este lugar é um Paraíso
Graças à presença de Padre Aldo e de Irmã Sônia, Luis recebe todos os dias as bênçãos de Deus e da Virgenzinha.
Exatamente quando Luis entrava em coma, Deus me mostrou o milagre que era vir para esta Clínica. Ele chegou aqui para dizer adeus a todos, chegou no nome de Jesus e de Nossa Senhora e, aqui, recuperou a saúde. Depois de seis meses, desde o início de sua permanência aqui, a sua primeira palavra em resposta à pergunta “como está?” foi “tranquilo”.
Depois de cinco meses e meio de internato, iniciou a abrir a boca, de forma que já podia receber a comunhão todos os dias. Cada vez que comunga fica contente e tenta dizer “amém”.
Quando não está muito bem, pego a sua mão e, juntos, rezamos o Pai Nosso... ele me olha com seus grandes olhos e sorri.
Esteve com uma sonda por cinco meses e, no Natal, ele mesmo a tirou, a dobrou bem e a entregou ao Doutor Gustavo, nutricionista. Desde então começou a comer com a boca. Não sabemos como agradecer ao Gustavo pelo afeto e pelo amor com o qual sempre tratou o Luis.
As enfermeiras o mimam, se preocupam com ele, e eu tudo o que faço, o faço no nome de Jesus. Nas orações matutinas e da tarde, peço a Jesus e a Nossa Senhora pelo Padre Aldo e pelos sacerdotes que o ajudam, pela Irmã Sônia, para que sejam exemplos para todos. Os meus olhos viram como o P.e Aldo gere a Clínica, sustentada por muita oração. Dá-nos a benção com o Santíssimo três vezes ao dia, e isso é grande porque passei por vários hospitais e não encontrei nenhum parecido com aquilo que ele está formando: um Paraíso, onde somos todos uma família e onde Jesus e a Virgenzinha estão conosco.
Padre Aldo, lhe digo sempre “muitíssimo obrigada” como única expressão eterna. Que Deus e a Virgem Santíssima continuem iluminando o seu caminho, continuem a lhe dar este tesouro de força espiritual, que está fazendo tanto bem à humanidade. Quando vocês se dispediu de nós antes de ir para a Itália, lhe bendisse no nome de todos os meus filhos e estou já esperando a nova benção do seu próximo retorno, porque você nos faz muita falta. Gostaria de agradecer ao senhor por nos ter deixado a Irmã Sônia, com quem fazemos a Via Sacra todas as sextas-feiras às três da tarde, recordando de todos aqueles que sofrem
A mamãe de Luis,
Doris

Sinto tanta paz!
Desde quando nasci, vivi com minha mãe, meus quatro irmãos e as minhas 2 irmãs. Éramos pobres, mas felizes... “felizes” até que chegou o meu padrasto. Eu tinha 8 anos quando esta pessoa levou minha mãe para a Argentina e eu e meus irmãos ficamos sozinhos. Por um período, vivi com um de meus irmãos, que me expulsou de sua casa. Fui viver com uma das minhas irmãs, que me maltratava muito; e foi assim que comecei a andar de casa em casa, trabalhando para poder estudar. Quando ia completar 9 anos, fui violentado por um senhor. Foi a pior coisa que poderia ter me acontecido, e até hoje não esqueço. Desde jovem que conheço o sofrimento, tendo passado fome, frio e discriminação. Lembro-me de que ia à igreja porque queria fazer a Primeira Comunhão... no fim das contas, acabei não fazendo... e, durante as celebrações, para não passar fome, eu gritava forte: “Eu louvarei!”.
Quando eu tinha 12 anos, quase 13, vim para Asunción, cansado dos maus-tratos das pessoas que tiravam proveito de mim. Foi então que eu conheci alguns travestis. Eles, se aproveitando da minha inocência, me deram a idéia de me vestir como mulher para ganhar a vida. Transformei-me e comecei a trabalhar com eles. Também sendo travesti sofri muito: não apenas sofri os maus tratos da minha família (por ser o que eu era), mas também dos desconhecidos que me humilhavam, gritavam contra mim e me discriminavam. Por isso, decidi viver fechado em casa, durante o dia, saindo apenas à noite para trabalhar. Lembro-me de que eu tinha um grande espelho onde, normalmente, depois de tomar banho, olhava para o meu corpo de mulher... e, enquanto olhava para mim, me dizia: “Meu Deus o que eu fiz? Eu não sou isso”. Porém, imediatamente me brotava uma frase que eu repetia como uma jaculatória, sem saber como nem quem me tivesse ensinado ela: “Não, eu sou o fruto proibido, sou o instrumento do diabo, vindo ao mundo para levar os homens à perdição”. Eu sabia que não era bom o que eu fazia, mas sempre tinha algo ou alguém dentro de mim que me dizia outra vez “não” ao bem.
Adorava também a uma imagem: uma mulher nua, com chifres e rabo, envolta por uma chama, e que se chamava Pomba Gira, protetora das prostitutas, que aparecia nos meus sonhos. Uma vez, emprestei a imagem a uma amiga; porém, ela me devolveu, porque tinha sonhado com ela que lhe dizia: “me devolva a ela, porque ela é minha, me pertence”.
O tempo passou e eu estava bem economicamente, tinha uma atividade comercial, os meus familiares se reaproximaram de mim. Eu pensava que me quisessem bem de verdade e eu me esforçava ao máximo para ajudá-los, até quando descobriram que eu era doente de HIV. Foram os primeiros a me abandonar.
Quando me internaram por dois meses, sofri de novo muita humilhação: me discriminavam por aquilo que eu era. As enfermeiras não se preocupavam comingo, me deixavam fechado num quarto com uma fralda e eu tinha que rasgar as minhas roupas para fazer fraldas novas. Eu as chamava e pedia ajuda, mas elas riam de mim, brincando comigo, me chamavam de “Grito de Tarzan”. A todos os outros pacientes, elas contavam que eu era um travesti doente de AIDS. Não esquecerei nunca mais isso. Passei mesmo o dia de Natal sem uma visita sequer.
Sofri muito com o calor, com a fome, com a sede até me desidratar completamente. Cheguei ao ponto de morre: por três dias estive desvanecido e, enquanto estava neste estado, me aconteceu uma coisa que gostaria de contar. Senti que estava num lugar escuro, tudo era escuridão, sentia que não estava no meu corpo, no meu subconsciente me dizia que eu estava morto. Foi então que me lembrei de Deus e quis rezar, mas não me lembrava de nenhuma oração. Tentei... quando estava dizendo “Pai nosso que estais nos céus”, vi uma pequena luz diante de mim que crescia, pouco a pouco, na medida em que me lembrava desta oração... continuava a crescer até ficar com cerca de 20 cm e parar de crescer. Então, comecei a chorar e a pedir a Deus que não me deixasse morrer num lugar tão feio e prometi mudar. Depois de ter rezado tanto, durante estes três dias, apareceu, de repente, um Pastor, um homem que eu não conhecia veio me visitar, me chamou pelo meu nome e me disse “Rubén, vamos?!”, “Para onde?”, perguntei-lhe, e ele me respondeu: “tem uma Clínica em São Rafael”. Um amigo que fora internado aqui me havia falado de como era bonito o lugar. Emocionei-me tanto e sem sentir a menor ponta de dúvida respondi “sim”. “Prepare-se. Vou deixar prontos os documentos”. Disse “está bem” e fui.
Quando cheguei aqui, fiquei impressionado por ver um lugar tão bonito, todo branco e disse: “Obrigado, Senhor. Não acreditava merecer tanto, um lugar tão bonito e limpo”. As enfermeiras começaram a me tratar muito bem, recebi tanto afeto de todos os que trabalhavam aqui... que, graças a isso, comecei a me recuperar. Agora, já consigo caminhar um pouco.
Conheci a Irmã Sônia e, graças ao Padre Aldo e a ela, me recuperi rapidamente... tanto que eles mesmos ficaram impressionados com a minha cura... e isto graças à atenção que me davam e ao amor que me demonstravam, que nunca havia experimentado da parte de desconhecidos. Tornei-me amigo de muitos daqui, pessoas que me amam, como as voluntárias, que me ensinam a rezar e me falam da vida dos santos.
Estou tranquilo e sinto tanta paz! Antes de vir para cá, não conseguia dormir, tinha pesadelos, coisas feias, porque a vida que eu levava não era nada bonita. Agora, estou feliz, estou engordando e tenho três anjos: Irmãzinha Sônia, o meu anjo branco, e duas voluntárias. Padre Aldo é o meu “Padre Santo” – como o chamam as voluntárias, que me dizem sempre: “tudo aquilo que lhe estamos ensinando, aprendemos dele”. Em 34 anos de vida, é o único padre que ouvi dizer que ama tanto os doentes... Todas as noites faz a sua ronda para ver se estamos bem e pede às enfermeiras que não nos falte nada.
Antes de vir para cá, fiquei internado em 3 hospitais; porém, não recebi uma alimentação tão boa assim – com café da manhã, lanche, almoço, outro lanche, janta... e se queremos repetir, é só pedir que nos dão outro prato. Graças ao Padre Aldo, que faz tudo para que possamos estar à vontade, nós e os familiares dos doentes.
Fiz aqui a minha Primeira Comunhão e a Crisma. Foram dias muito emocionantes, os melhores que passei na minha vida. Antes, eu não acreditava em Deus e pensava: “se existe, por que existe tanta pobreza, por que me tirou tudo, por que eu sofro tanto?”. Deus me mostrou que eu estava errado, que Ele nunca me abandonou.
Ninguém consegue acreditar na minha mudança, todos os meus amigos me dizem: “você é uma outra pessoa”, “voltou a ser Ruben”, “espero que reze muito por nós, porque temos necessidade”. Dei de presente a uma amiga um rosário e ela se surpreendeu quando lhe disse “para que Deus te abençoe e proteja”... antes, eu não falava assim com ninguém.
O que mais faço ultimamente é rezar. Rezo tanto que até mesmo uma das minhas irmãs mudou a forma de se relacionar comigo e me liga todos os dias para saber como estou. E até um amigo mudou de vida e veio me visitar.
Para mim, tudo é Jesus e São José, já que faço aniversário no dia deste santo varão. Rezo todas as noites pelo Padre Aldo, pela Irmãzinha Sônia e por todos os pacientes
Padre, sinto muito a sua falta... desejamos todos que volte logo, que Deus cuide de você e o proteja.
Ruben

Encontrei o pai que nunca tive
A minha vida antes de chegar à Clínica era terrível. Aconteceram-me coisas horríveis, como a discriminação, a solidão e a dor. A maior dor que experimentei na vida foi saber qu eminha filha, como eu, tinha o HIV. Esta foi a maior provação que Deus poderia ter me dado. Peço a Deus que o mais rápido possível se encontre uma cura para esta doença, não para os adultos – que merecemos –, mas para as crianças que sofrem por culpa dos adultos.
Quando soube que meu marido havia contraído o vírus HIV, eu estava grávida do meu último filho e minha filha de dois anos estava muito doente e era uma criança frágil com problemas de coração. Os médicos me disseram que eu deveria fazer, urgentemente, um exame... fiquei muito assustada e a única coisa que eu pedia a Deus era que nenhum dos meus filhos tivesse contraído o HIV. Yasmina, minha filha mais velha, teve o resultado negativo, porém, Yenifer, a de dois anos, e eu obtivemos um resultado positivo. Foi uma dor grandíssima que não poderei mais esquecer... e eu me dizia: “se fosse apenas eu... mas, porque ela, tão pequena, tão inocente?”. E pensava: “não poderei mais rever os meus filhos, me levaram para um lugar isolado, longe dos meus filhos”. A psicóloga que me deu os resultados me abraçou, explicando-me o que era o HIV, a AIDS e como se transmite, me explicou que o tratamento era a base de remédios, uma boa alimentação, evitando bebidas alcóolicas. Disse-me que as crianças costumam viver até os 16/17 anos e que, acima do prognóstico médico, tem a mão de Deus, o único que sabe até quando dura a vida. Depois de ter dado à luz o meu filho, tive uma recaída e não conseguia me ocupar dele, de forma que decidi deixá-lo num lugar para crianças com HIV.
Sempre me falavam desta clínica e, quando chegamos aqui, estávamos numa etapa muito difícil da doença. Aqui, encontrei pessoas maravilhosas, encontrei uma nova família e um “Pai” que nunca tive, um pai que significa tudo para mim e que é a coisa mais sagrada que tenho: Padre Aldo. Ofereceu-me uma grande ajuda e, aqui, sou muito feliz, porque todos me dão amor, compreensão, remédios, tudo gratuitamente. Sinto-me tão mimada por ele que a primeira coisa que faço sempre é perguntar por ele. Graças a Deus e ao Padre Aldo estamos limpos, os lençóis estão limpos, somos maquiadas e bem penteadas. As enfermeiras se ocupam muito bem de nós, com ternura e afeto. Este lugar é um Paraíso.
Depois de dois anos, voltei para a clínica por causa de uma nova recaída e, graças a Deus, já estou me recuperando. O diabo me levou para o mau caminho, mas Deus me socorreu porque me quer bem e me ama e, já que sou sua filha, não queria que eu continuasse a vida que eu levava antes. Agora, mais do que nunca, estou decidida a mudar, quero ser uma outra Alice... desta vez, entendi bem a provação e meu coração mudou profundamente. A única coisa que quero é dar uma mão ao meu próximo, fazer favores sem pedir nada em troca, é o que estou experimentando e aprendendo.
Estou muito reconhecida ao Padre Aldo, que adoro como a um pai... ele será sempre o meu querido papai, que amo com todo o coração.
Papai, quero dizer-lhe que amo muito você e lhe peço desculpas por todos os sofrimentos que lhe causei; quero também lhe agradecer por todos os momentos, os segundos que me dedicou para mim; mas quero, sobretudo, lhe agradecer por ter se ocupado da minha filha, que eu sei que você considera como se fosse sua filha. Quero que me perdoe por todos os sofrimentos que lhe dei, estou muito arrependida e lhe prometo que mudarei e que serei a pessoa que você deseja, no nome de Jesus e da Virgem Maria... o serei.
Alice

Obrigada por me dar um lugar no mundo
Conheci o Padre Aldo há muito tempo atrás e nunca tinha pensado que, através da minha doença, poderia tê-lo encontrado na sua Clínica, que é a Clínica de Deus.
Eu o conheci há dois anos e nunca mais o esqueci... tenho-o sempre na mente.
Lembro-me de quando chegou à minha loja de móveis e me disse: “preciso de uma beliche, porque tenho rapazes doentes de AIDS” e, naquele momento, eu não sabia o que era essa doença.
Tenho 41 anos e o que me faz sofrer é a discriminação que acompanha o vírus HIV. Agradeço ao Padre Aldo por me ter acolhido, porque fui abandonada pela minha família. O HIV, para mim, não é nada, estou tranquila, não é uma doença que me faz sofrer... mas a discriminação... Que Deus queira que todos se possam curar.
Nesta Clínica vivemos graças à caridade de Padre Aldo, porque, se não fosse por ele, não teríamos sobrevivido, porque é uma doença que exige grandes gastos.
O Padre parece um anjo... não sei porque, mas experimento por ele, desde o início, um grande afeto. Agora que está viajando, sinto muito a sua falta, porque ele nos dá muita paz. Deu-me muito: uma casa, comida, uma cama... não existem muitos lugares que oferecem tudo isso. É uma boa pessoa. A mim não importa qual é a sua religião ou qual é a minha, o que me importa é ele e espero que volte logo porque, quando viajou, chorei, me senti sozinha e sentia que muitas coisas poderia acontecer.
Aprendi que todos somos uma e que posso ver Jesus em todos.
Padre, amo muito o senhor. Obrigada por dar-me um lugar no mundo. Todos esperamos que volte logo, porque o amamos muito.
Rosi

Uma forma de esperança
Esta clínica é uma forma de ter mais esperança e para continuar a viver.
Quero me curar, tenho muita fé em Deus, fé de que continuarei a viver e poderei reconstruir uma vida.
Obrigado pela atenção e por me tratarem como me tratam... já melhorei tanto.
Padre, sentimos muito a sua falta.
Angel

Muito obrigado, Padre
Estou muito feliz na Clínica: rezamos para Deus Onipotente e para a Virgenzinha, falamos com Eles, pedimos-Lhes ajuda e favores e Eles nos mostram aquilo que pedimos. Isto é um Paraíso.
Eu chorava muito e, por qualquer coisa; pedia ajuda à Nossa Senhora para que me enxugasse as lágrimas e me ajudasse a parar de choarar, porque, ao invés de sorrir, eu só chorava. Um dia, acordei com um sorriso nos lábios e, quando Padre Aldo me trouxe a comunhão, eu lhe disse: “muito obrigado, Padre”... e ele me respondeu brincando: “pequenino, mas me dá trabalho”.
É um prazer estar com o Padre Aldo. O que ele faz não é muito comum: nos dá o que comer e tudo aquilo de que temos necessidade. Peço a Deus e a todos os anjos que lhe dê um dia feliz.
Padre, lhe agradeço por me ter recebido. Estou esperando a sua volta. Sinto muito a sua falta.
Ignacio

Um padrinho espetacular
Estou feliz porque estou perto do meu padrinho. A minha vida mudou desde que conheci Padre Aldo. Antes, eu ia pouco à igreja. Meu padrinho é um padre espetacular: me ajudou a me reaproximar da Igreja. É um homem muito forte, porque sabe como ajudar o próximo. Sou muito orgulhosa dele.
Padre, amo muito você. Obrigada por ter me recebido no hospital. Estou rezando por você. Sinto muito a sua falta, padrinho. Espero revê-lo o mais rápido possível.
Fermina

Não consigo me imaginar voltando para casa
Não posso fazer outra coisa que agradecer por esta obra. Desde que me trouxeram para esta Clínica, eu estou muito contente, feliz, porque a estrutura que me acolhe é muito diferente da de outros lugares onde estive.
A melhora da minha saúde é fabulosa. Não consigo, nem mesmo minimamente, me imaginar querendo voltar para casa: aqui, eu estou contente, plenamente satisfeito com a minha permanência. Não tenho palavras para dizer “obrigado”. Acho que Deus me trouxe para cá, por isso Lhe sou muito grato, porque é uma bênção dEle o fato de que eu me sinta como se estivesse em uma família. Estou contente porque somos todos tratados muito bem. Devemos ao Padre Aldo todo o nosso reconhecimento.
Padre, não se preocupe conosco, mesmo que não esteja aqui. Estamos sob os cuidados de bons profissionais. Aproveite a permanência aí e, quando voltar, o receberemos com todas as nossas energias, porque consideramos você um pai, um pai que volta depois de uma período de ausência.
Justo

Na clínica, minha vida mudou
Na clínica, eu estou muito feliz, porque Padre Aldo me recebeu uma vez mais. Amo-o muito. A minha vida mudou na Clínica: aqui, sou feliz, recebo muito afeto de todos, mesmo da Irmã Sônia e da Irmã Estela. Antes de receber a comunhão, rezo pela minha filha, para que possa continuar os seus estudos. Rezo dia e noite pelo Padre Aldo, para que retorne da sua viagem e não lhe aconteça nada de mal.
Padre, espero o seu retorno da viagem com muito afeto. Obrigada por me ter recebido outra vez.
Ramonita

O milagre de Deus me levanta
Na Clínica, experimento os milagre de Deus que me levanta. Vejo que Ele faz tudo para mim. Tudo o que eu Lhe peço, Ele realiza... graças ao Seu milagre, eu estou ainda viva. Isso é tudo o que tenho na vida. Deus me protege, é meu amigo e meu doutor. Eu coloco tudo nas Suas mãos, Lhe dou a minha doença. Dou-Lhe o meu pecado, todas as coisas horríveis que cometi; dou-Lhe a minha vida, o meu passado, a minha juventude. Deixo tudo nas Suas mãos, cada sofrimento, a minha angústia e a minha dor.
Espero que Deus me conceda um grande milagre, para que eu possa realiar tudo aquilo que combinei com Ele, tudo aquilo que prometi a Ele e à Sua Mãe, a Virgem de Caacupe.
Estou na Sua casa... me levou para a casa de Deus. Estou muito contente por isso. Deus me trouxe até aqui porque Lhe pedi tanto que me ajudasse... Ele me escutou e me trouxe até aqui.
Peço a Deus que eu não semeie rancor, que eu não fique com raiva pela solidão na qual me deixaram os meus filhos.
Padre, tudo de bom! Abençoe-me daí, no nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Vivo a minha doença com alegria
Estou bem na Clínica. Desde quando cheguei, encontrei muita atenção. As pessoas são gentis e sabem como tratar a gente. A minha relação com Deus melhorou. A atenção que me dão me faz viver a minha doença com alegria e com ironia. A presença de Padre Aldo me ajuda em todos os sentidos; me ajuda o seu modo de tratar, o seu testemunho de conversão.
Quando cheguei, me confessei depois de 30 anos... e experimentei um desejo de mudança. Estou muito contente de receber Jesus todos os dias.
Padre, obrigado por ter me recebido.
Bernardo

Através de Padre Aldo, a salvação
Através do Padre Aldo, me salvei... do contrário, estaria já morto.
Graças ao Padre Aldo me recuperei muito nestes dois anos de permanência na Clínica. Estou feliz.
Amo muito o Padre Aldo, por ser meu padrinho. Deu-me a Crisma e, por isso, estou muito feliz e me ajudou muito. Gosto de receber a comunhão todos os dias. Aqui, conheci a Deus e a Nossa Senhora, a quem amo muito. Aqui, aprendi a rezar o Pai Nosso.
Antes, eu era toxicodependente – fumava cocaína, maconha, cigarros, bebia... agora, não! Agora, nem mesmo procuro essas coisas mais! Estive um ano em Tacumbu e um ano em Emboscada. Dava soco no meu próximo, matei uma pessoa na prisão.
Agora, quando saio, vou trabalhar.
Padre, aceite minhas saudações.
Marcelino

Estou contente por me tratarem assim.
Padre, lhe mando um beijo
Patty

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