terça-feira, 5 de maio de 2009

Cartas do P.e Aldo 46






Asunción, 02 de maio de 2009.

Caros amigos,
O imprevisto é, de fato, o modo com o qual o Mistério se revela em cada circunstância.
Estou comovido. Estou vivendo o que aconteceu com João e André e depois com os outros e, depois ainda, com outros... E, depois, com Giussani... e, depois, comigo, com Carrón (a presença viva, fresca e fascinante, hoje em dia, de Giussani), com Marcos e Cleuza e com seus amigos...
Como um dom esperado e desejado, ontem vieram me encontrar, nos encontrar, Marcos, Cleuza, Julián de la Morena e mais outras 15 pessoas da Associação, o coração dos “sem-terra”... fiquei comovido... sinto-me como os discípulos de Emaús: “não nos ardia o coração?”. O meu coração queima nesta amizade que nasceu há 6 meses, quando Carrón nos disse: “Olhem para lá...”.
São vinte pessoas que nos contam o milagre dos Exercícios (refere-se ao Exercícios da Fraternidade de Comunhão e Libertação de 2009; ndt), testemunhando-o através do estar juntos. O comer, o trabalho (agora, Cleuza e Ivone estão cozinhando... outros estão trabalhando na clínica, outros na Casinha de Belém e outros com os velhinhos...).
Voltaram na última terça-feira de Rímini e na sexta-feira vieram para cá. O cansaço não existe para eles, cheios que estão de Cristo. Tinham pressa em me contar o acontecimento de Rímini, tinham a febre de me testemunhar o seu, o nosso grande afeto por Carrón.
Horas de diálogos, horas para nos olharmos como nos olhar Jesus... como Carrón olha a cada um de nós, cada homem. Esta manhã, duas horas para esuctar os amigos de Cleuza e Marcos: Ivone, seu filho Guilherme, Renata, Paulo, Vando, Julián, Kim, Marco, Rai, Quitéria, Míriam etc.
Uma história mais bonita que a outra... todas dramáticas. A um certo ponto, meus olhos se encheram de lágrima, porque era como uma das cenas do Evangelho, quando Jesus aparece ressuscitado e pede aos seus que o toquem.
Amigos, mas isto é o Movimento... e é o coração que me dizi isso, porque o que me está sendo dado agora corresponde. Pensem: uma convivência assim até terça-feira que vem! Não sei como agradecer a Carrón, porque sem ele ninguém se daria conta do milagre que são Marcos e Cleuza e do que está acontecendo em torno deles... em pensar que a maioria desses amigos têm no máximo a quinta série do ensino fundamental... e conduzem um povo de universitários... Por exemplo, Quitéria que não sabe ler.
Peço-lhe que rezem para que todos, olhando para eles, aprendem a seguir a Carrón de verdade.
Tudo o que ss meus doentes e eu mesmo fazemos é isso: oferecer a nossa vida pelo Papa, pela Igreja e por Carrón, para que Jesus e Nossa Senhora nos dêem a graça de seguir. A alegria de seguir a Carrón... porque é o coração que pede isso, é a razão que exige isso, porque o seu testemunho corresponde à nossa humanidade... mesmo os meus doentes sentem isso.
Cada mês, no jornal mais difundido do país, nós publicamos o Magistério do Papa e uma revista como Passos (a revista de Comunhão e Libertação; ndt). Cada número sai, na primeira página, com um texto oficial de Carrón, retirado de Passos; depois, o magistério mensal do Santo Padre; e termina com um texto de Giussani.
É um milagre em todo o país, neste momento doloroso no qual os escândalos do presidente – ex-bispo –, como uma tormenta, fazem tremer a Igreja e a sociedade... O milagre de uma palavra certa e cheia de esperança.
É uma letícia ver a cada mês, nas quintas-feiras, o jornal se esgotando... e neste meu país onde temos uma percentual tão grande de analfabetismo.
Porém, o povo tem fome daquilo que o Papa, Giussani e Carrón nos testemunham.
Desculpem a carta longa, mas o coração está transbordando de tanta graça.
P.e Aldo.

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