quarta-feira, 15 de julho de 2009

Evangelho do dia (Mt 11, 25-27)

Naquela ocasião, Jesus tomou a palavra e disse: "Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11, 25-27).

Comentário feito por São Vicente de Paula (1581-1660)
Presbítero, fundador de comunidades religiosas
A simplicidade é tão agradável a Deus! Sabeis que a Escritura diz que o Seu prazer é estar com os simples, os simples de coração, que vivem de boa fé e com simplicidade: "Reserva a sua intimidade para com os justos" (Pr 3, 32). Quereis encontrar a Deus? Falai com os simples. Ó meu Salvador! Ó meus irmãos que sentis o desejo de ser simples, que felicidade! Que felicidade! Coragem, uma vez que tendes a promessa de que o prazer de Deus é permanecer com os homens simples. Outra coisa que nos recomenda maravilhosamente a simplicidade, são estas palavras do nosso Senhor: "Bendigo-Te, ó Pai, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos". Reconheço, meu Pai, e por isso Vos agradeço, que a doutrina que aprendi de Vossa divina Majestade e que difundo entre os homens é conhecida apenas dos simples, e que permitis que os entendidos do mundo não a entendam; a eles a escondestes, se não em palavras, pelo menos no espírito. Ó Salvador! Ó meu Deus! Isso deve amedrontar-nos. Corremos atrás da ciência como se dela dependesse a nossa felicidade. Mal de nós se a não temos! É necessário tê-la, mas apenas a essencial; é preciso estudar, mas sobriamente. Uns simulam conhecimento, fazendo-se passar exteriormente por gente de posição e de condição. A esses, aos sábios e entendidos do mundo, Deus tira o entendimento das verdades cristãs. A quem o dá então? Às gentes do povo, às pessoas de bem. [...] Senhores, a verdadeira religião está entre os pobres. Deus enche-os de uma fé viva; eles crêem, alcançam, experimentam as palavras de vida. [...] Normalmente, conservam a paz no meio das preocupações e dos sofrimentos. Por que razão? Devido à sua fé. Por quê? Porque são simples, Deus fez abundar neles as graças que recusa aos ricos e sábios do mundo.

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