sábado, 19 de setembro de 2009

Cartas do P.e Aldo 106

Asunción, 19 de setembro de 2009.

Caros amigos,
foi um acontecimento para todo o Paraguai. A vinda de Carrón, nos 25 anos do Movimento. “O desejo de escutar a Carrón encheu plenamente a minha vida, respondeu às minhas expectativas... que graça vocês têm de ter um homem assim”, dizia Inocência, uma senhora que pertence ao Movimento Caminho Neocatecumenal.
“Que graça e que alegria ter participado do almoço com um homem que sabe falar ao meu coração”, dizia Tomás, um doente de AIDS. “Mas que humanidade tem esse homem que me perguntou o meu nome”, dizia um rapaz que ficou comovido. “Todas as respostas que dava às perguntas eram para mim, correspondiam ao meu coração”, me confidenciou um homem.
E eu poderia continuar com mil exemplos. De fato, foi uma torrente de graça a presença de Carrón entre nós. Mesmo o Vice-Presidente da República mobilizou a polícia, os agentes aeroportuários, tudo para facilitar cada deslocamento. Ofereceu a sua 4x4 blindada, e ele mesmo participou do encontro que durou mais de duas horas.
Cada momento foi intenso, vibrante... como o povo que o escutava, como os padres ou aqueles do Grupo Adulto que tiveram a oportunidade de escutá-lo durante o retiro em São Paulo... éramos do México à Patagônia... Ou como durante a Escola de Comunidade com os 3 mil universitários (universitário da Associação Educar para Vida, de Marcos e Cleuza Zerbini; ndt), domingo de manhã, do qual participou também o Grupo Adulto, como conclusão dos exercícios. Para não falar do encantamento vivido no domingo à tarde, no coração de São Paulo, onde falou do coração do homem diante de mais de 60 mil pessoas, jovens em particular. Um cenário digno dos Evangelhos, como aquele da multiplicação dos pães e dos peixes.
De fato, a sua paixão pelo homem, pelo eu, pelo coração, sacudiu e comoveu a todos.
Os meus doentes, a quem ele visitou um a um, olhando-os com ternura, entenderam por que rezamos por ele todos os dias. Mesmo a assembleia feita com eles, durante uma hora, foi motivo para contar como não existe dor que possa resistir à potência do Mistério presente. As palavras finais que nos disse não apenas nos confortaram, mas nos indicaram com clareza o caminho que estamos percorrendo.
Para mim, que estou aqui há vinte anos testemunhando a onipotência providencial e misericordiosa de Deus, este encontro encheu o coração de gratidão. Hoje, o Paraguai tem um outro alento.
Enfim, o encontro com Pedro, recluso com os reclusos na casa de Itaguá. Belíssimas as palavras de Carrón: “enquanto que o Estado coloca vocês na prisão, nós oferecemos a vocês uma casa”.
Padre Aldo.

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