sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Comentário ao evangelho do dia

Evangelho - Mt 5,20-26
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: "Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal". Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: "patife!" será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de "tolo" será condenado ao fogo do inferno. Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta. Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo.

Comentário feito por Santo Agostinho (354-430)
Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja

"Deus faz que o sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores" (Mt 5, 45). Ele mostra a sua paciência; não lamenta o Seu poder. Também tu [...], renuncia à provocação, não aumentes a tribulação dos que semeiam o tumulto. És amigo da paz? Mantém-te tranquilo dentro de ti mesmo. [...] Deixa de lado as querelas, e volta-te para a oração. Não respondas à injúria com a injúria, mas reza por esse homem.
Queres opor-te a ele: fala a Deus por ele. Não digo que te cales: escolhe o meio conveniente, e vê Aquele a quem falas, em silêncio, com um grito do coração. Onde o teu adversário não te vê, aí mesmo, sê bom para ele. A esse adversário da paz, a esse amigo da disputa, responde tu, amigo da paz: "Diz tudo o que quiseres, porque, seja qual for a tua inimizade, tu és meu irmão" [...]. "Bem me podes odiar e repelir: tu és meu irmão! Reconhece em ti o sinal do meu Pai; é esta a Palavra do meu Pai: és um irmão quezilento, mas és meu irmão, porque tu dizes tal como eu: 'Pai nosso que estais nos céus'. Se invocamos um único Pai, por que não somos um só? Peço-te, reconhece o que dizes comigo e reprova o que fazes contra mim. [...] Temos uma única voz diante do Pai; por que não havemos de ter juntos uma única paz?"

Um comentário:

Kopp disse...

Obrigado Pacheco! faz toda a diferença começar o trabalho com essas Leituras.