"Procure quem tenha mais sensibilidade, mais capacidade, mais tempo e ocasião para ajudar você. 'Buscai, a cada dia, o rosto dos santos e extraí conforto de suas palavras': eu li isso, uma vez, numa parede do quarto de padre Villa, em San Babila (...). O santo é quem se aplica em compartilhar a sua necessidade como se fosse dele. Em suma, a vida do Mistério se chama 'caridade', a virtude suprema do homem se chama 'caridade'. E a caridade é dom de si para que aconteça a obra de um Outro, o reino de um Outro, a glória de um Outro. 'O amor de Cristo nos constrange - diz um homem dos mais poderosos que existiram na história da humanidade, São Paulo -, julgando-nos assim: que, se um morreu por nós, morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por nós morreu e ressuscitou'. Caridade é viver não para si, mas por Aquele que morreu, para que a unidade do mundo aconteça, o desígnio do Pai, do Mistério, aconteça. Fazer por si ou fazer por Aquele que morreu: estas são as duas civilizações, as duas culturas em luta na história do homem; uma luta sempre mais dura, sempre mais terrível, atroz, quanto mais o tempo seguir o seu caminho."
(GIUSSANI, Luigi. Avvenimento di libertà. Conversazioni con giovani universitari. 2002, p. 175)
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