segunda-feira, 21 de junho de 2010

Comentário ao evangelho do dia

Evangelho - Mt 7, 1-5
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Não julgueis, e não sereis julgados. Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes. Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? Ou, como podes dizer ao teu irmão: 'deixa-me tirar o cisco do teu olho', quando tu mesmo tens uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão".

Comentário feito por Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997)
fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 

Para cada doença existem vários medicamentos e tratamentos. Mas enquanto não se oferecer uma mão doce pronta a servir e um coração generoso pronto a acarinhar, não creio que se possa alguma vez curar esta terrível doença que é a falta de amor. Nenhum de nós tem o direito de condenar quem quer que seja. Nem quando vemos pessoas soçobrarem sem compreender porquê. Não nos convida Jesus a não julgar? Talvez tenhamos contribuído para tornar as pessoas como elas são. Devemos compreender que são nossos irmãos e nossas irmãs. Este leproso, este bêbado, este doente são nossos irmãos, também eles foram criados para um amor maior. Nunca deveríamos esquecê-lo. O próprio Jesus Cristo Se identifica com eles quando diz: "Aquilo que fizestes aos Meus irmãos mais humildes foi a Mim que fizestes" (Mt 25, 40). E pode acontecer que essas pessoas vivam na rua, desprovidas de qualquer amor e quaisquer cuidados, porque lhes recusamos a nossa solicitude, a nossa afeição. Sede doces, infinitamente doces para com o pobre que sofre. Compreendemos tão mal aquilo por que ele passa! O mais difícil é não ser aceito. 

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