quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cartas do P.e Aldo 163

Asunción, 20 de setembro de 2010. 

Caros amigos,
desejo agradecer a todos os que nos sustentam naquilo que a Providência, todos os dias, tem operado entre nós, mesmo com a ajuda econômica.
Um dos milagres mais bonitos dos últimos meses está acontecendo com os doentes de AIDS. O médico responsável pelo setor de infectologia, que também trabalha no único hospital nacional em que há um programa anti-AIDS e interna os doentes, me dizia: “Padre, aqui, entre nós, os doentes chegam no fim da vida e, porém, ninguém morre. No hospital nacional, pelo contrário, onde trabalho, há uma ala que foi destinada somente para eles, já que normalmente todos morrem. Trata-se dos mesmos cuidados e de resultados tão diferentes. Para falar a verdade, são eles que nos fornecem os remédios necessários. Padre, a diferença está naquela ternura que nasce daquele ‘eu sou Tu que me fazes’ e que permite um relacionamento humano e totalizante”.
Por isso, agora, estamos pensando em uma casa onde possamos manter as garotas com AIDS, enquanto que os rapazes, há anos, têm a fazendo de quatorze hectares onde vivem. Tristemente, por serem doentes de AIDS, são como que amaldiçoados e não são mais acolhidos em suas casas. Além do mais, as garotas, por óbvias razões, querem estar perto de nós, de forma que estamos vendo como construir a casa.
O novo hospital – muito belo e essencial (porque a beleza é o vértice da caridade) – está 70% concluído. Depois, Sotoo será o responsável por dar a pincelada final. Todos os quartos terão o teto pintado como o belíssimo céu do Paraguai, para que todos morram olhando para cima, ou seja, para o Paraíso que, certamente, não é branco, mas é como o céu belíssimo dos trópicos. A ideia é de Sotoo.
Agradeço a todos os que continuam nos ajudando, particularmente levando em consideração o Outubro Missionário.
Lembro que Padre Paolino, meu grande amigo e companheiro de aventura, estará na Itália entre os dias 29 de novembro e 28 de dezembro. Quem quiser conversar com ele, me avise, por favor.
Com profunda gratidão
Padre Aldo

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