São Paulo da Cruz
Evangelho - Lc 12,35-38
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir em, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar!".
Comentário feito por São Maximiliano Maria Kolbe (1894-1941)
franciscano, mártir
O que é necessário fazer para vencer a fraqueza da alma? Existem dois meios para a vencermos: a oração e o desprendimento de si mesmo. O Senhor Jesus recomenda-nos que estejamos vigilantes. É preciso estarmos vigilantes se queremos que o nosso coração seja puro, mas é preciso estarmos vigilantes na paz, para que o nosso coração seja tocado. Porque ele pode ser tocado por coisas boas ou por coisas más, interior ou exteriormente. Portanto, é preciso saber estar vigilante. A inspiração de Deus é, de ordinário, uma graça discreta: não devemos rejeitá-la [...]; se não estivermos de coração atento, a graça retira-se. A inspiração divina caracteriza-se por uma particular precisão; tal como o escritor conduz a sua pluma, assim a graça de Deus conduz a alma. Procuremos pois atingir um maior recolhimento interior. O Senhor quer que tenhamos o desejo de O amar. A alma que se mantém vigilante apercebe-se de que cai e de que, só por si própria, não consegue atingir aquele propósito; por isso, sente necessidade da oração. A súplica fundamenta-se na certeza de que nada podemos fazer só por nós próprios, mas que Deus tudo pode. A oração é necessária para obtermos a luz e a força.
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