domingo, 22 de novembro de 2009

Cartas do P.e Aldo 118

Asunción, 22 de novembro de 2009.

Caros amigos,
São sempre muitas as pessoas que desejam vir para nos visitar... e estamos gratos ao Senhor por este gesto de amizade. Diante destes pedidos, depois de verificar a questão com meus confrades e outros amigos, pareceu-nos necessário sublinhar alguns aspectos importantes para o crescimento de todos.
1. O novo pároco é Padre Paolino, de modo que será a ele que os pedidos deverão ser dirigidos. De forma que é necessário que se dirijam a ele também os meus amigos mais caros... como aqueles que vêm habitualmente da Itália ou os que vêm duas vezes por ano.
2. Aqueles que pedem para vir trabalhar deverão ficar pelo menos um ano aqui e conhecer o espanhol. Menos de um ano, preferimos, por motivos concretos, que não seja o caso de vir. De qualquer forma, verificaremos caso a caso.
3. Para aqueles que são de CL, parece-nos um bem que verifiquem também com os responsáveis da comunidade. Parece-nos bela esta comunhão que Giussani sempre sublinhou.
4. Da experiência vivida até agora, parece-nos necessário pedir que as eventuais visitas tenham como limite um ano e, como dissemos, que se conheça a língua espanhola. De outra forma, arrisca-se, como aconteceu tão frequentemente, a desordem, e geram-se problemas que não são indiferentes. Como vocês sabem, a nossa realidade é uma realidade de dor, de sofrimento, de morte; recolhemos crianças vítimas de todo tipo de violência, idosos e crianças de rua etc., e quase todos falam guarani e são carregados de problemas, e desejam personalidades de fé. Isto exige que se entre na lógica de vida de nós padres dedicados completamente a eles, ao projeto educativo com as crianças e com os doentes terminais. É uma realidade “feia”, dramática, diria uma amiga, onde se vê apenas gente que sofre, que morre... Aqui, de belo existe apenas o olhar com o qual olhamos e abraçamos estes filhos de Deus, e a presença viva do Mistério. Assim sendo, não podemos não vigiar para que este clima esteja presente em cada instante. Tivemos algumas experiências negativas, onde a generosidade criou muitos poblemas. A gratuidade é uma outra coisa e começa com o fato de que a pessoa responde a um chamado que nós lhe fazemos, para que nos ajude numa necessidade. É disso que deve partir tudo, porque é quem vive aqui que conhece a realidade. A amizade e a dependência dos padres é, em tudo, essencial. Nós, com todos os poblemas que a vida aqui nos dá, não podemos assumir outros que venham da Itália. Também Jesus, mesmo podendo curar a todos, contentou a poucos.
5. Padre Aldo não é um guru. É um pobre homem abraçado por dom Giussani e que, agora, vive como filho de Giussani, seguindo como um filho, a Carrón, em quem vê, com clareza, a presença viva, bela e dramática de Giussani. Então, vocês que são da Itália e têm a graça de segui-lo a cada 15 dias, na Escola de Comunidade, o que querem a mais? Aqui, existem alguns amigos que se sentem filhos de Carrón, trabalhando duro sobre tudo aquilo que ele nos diz, e fazendo experiência. E tudo isto ou acontece também para quem quer vir aqui ou é melhor que não venha, porque ficará desiludido... como já aconteceu.
San Rafale é uma experiência que qualquer um é chamado a viver onde está. Não se trata de inventar novas formas ou arriscar sonhar com uma varinha de condão. Viver o Movimento onde se está: este é o problema de se fazer um trabalho pessoal. Se for diferente disso, arrisca-se, como dizia uma pessoa do Diretivo, a fazer “turismo religioso”, com todas as comodidades que um europeu aqui pode se permitir (de uma empregada doméstica à vida cômoda).
Finalmente, esperamos que todos aqueles que estão interessados a passar conosco pelo menos um ano nos compreendam. Queremos também avisar a todos que pedimos a uma das secretárias que seja ponto de referência para todos os pedidos que, depois, serão avaliados pelo Padre Paolino, com todos nós. Porém, lembro que a referência última é Padre Paolino, sendo ele o novo pároco a quem, também eu, em primeiro lugar, devo obedecer. A secretária a quem deverão ser enviados exclusivamente os pedidos é a Andréa, cujo email é sanrafael.andrea@gmail.com
Com afeto,
Padre Aldo

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