"Quem reconhece Cristo assim como o afirma toda a tradição cristã - isto é, Cristo morto na cruz como única salvação de todos os homens -, só pode participar da vida dos outros homens vivendo em uma contradição: a incoerência. Em outros termos, não pode evitar que o olhar dos outros homens sobre ele o acuse, sobretudo, de incoerência. Por isto, na Quaresma, a Igreja coloca nos lábios dos cristãos estas palavras: 'Pecamos contra Ti, Senhor, e pedimos um perdão que não merecemos. Estende a mão para nós que decaímos, Tu, que ao ladrão arrependido abriste as portas do Paraíso. Nossa vida suspira na angústia, mas o nosso agir não se corrige. Se esperas, não nos arrependemos; se punes, não resistimos. Estende a mão para nós que decaímos, Tu, que ao ladrão arrependido abriste as portas do Paraíso'. O Mistério como misericórdia permanece, assim, a última palavra, mesmo sobre todas as feias possibilidades da história."
(GIUSSANI, Luigi. L'io, il potere, le opere: contributi da un'esperienza, 2005, p. 265)
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