sábado, 31 de julho de 2010

Cartas do P.e Aldo 154

Asunción, 29 de julho de 2010.

Caros amigos,
uma pessoa que era um mendigo, agora, desde que foi acolhido em nossa casa família (onde vivem aqueles que a polícia recolhe pelas calçadas), me disse: “Mediante a graça, encontrei Cristo e, assim, a desgraça se tornou uma graça”. Olhar para a realidade assim é experimentar a contemporaneidade de Cristo em cada pequena coisa. Como hoje, quando, saindo da redação do nosso semanário e olhando para o chão, vi um papel de bala e me dobrei dizendo: “Tu, ó meu Cristo”; o peguei e joguei no lixo. Dois passos mais à frente, se me apresenta a mesma cena, me dobro e ainda uma vez: “Tu, ó meu Cristo”; e o papel no lixo. E, como os papeizinhos são sempre frequentes no adro (por causa das crianças que estão aprendendo este método pouco a pouco), vocês podem imaginar o quanto tudo isso faz com que Cristo se torne familiar para mim. Mesmo o lixo, o arrumar bem o quarto, manter a casa em ordem, repetir até ao infinito para as minhas crianças sempre as mesmas coisas, tudo se torna Acontecimento.
Um abraço e boas férias,
Padre Aldo

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