quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Cartas do P.e Aldo 155




Asunción, 02 de agosto de 2010.

Caros amigos,
Olhem as maravilhas do Senhor. Ontem, na clínica, batizamos três de minhas crianças (da Casinha de Belém) e três filhos de um jovem pai que está morrendo e desejava ver seus filhos cristãos antes de morrer. Foi uma festa. Particularmente para a minha pequena Maria Vitória Milagres, encontrada abandonada num saco de plástico no meio de uma praça. É belíssima. Ela foi abandonada pela mãe, mas salva pela ternura de Deus, que se ocupa de cada um de nós. E nós nos ocupamos um dos outros? Quanta necessidade de ternura cada homem tem, em particular quem sofre.
Outro dia, me chegou a notícia de que uma jovem mulher que ia às Escolas de Comunidade foi encontrada enforcada, depois de alguns dias, com o cãozinho ao seu lado. Que dor! Se não seguirmos Carrón, que “bate” em nós muito justamente para que possamos entender o que quer dizer o trabalho pessoal, fazer experiência, estes fatos continuarão a acontecer, porque quem pode fazer companhia a quem sofre senão quem vibra de paixão por Cristo, senão quem ama a própria humanidade. Carrón nos diz que apenas as pedras não se comovem. Olhar para estes meus filhos, renascidos pela ternura de Cristo, é querer apenas a Cristo, é querer um coração grande para amar o homem. 
Que bonita a Escola de Comunidade que Carrón tem feito conosco, porque, com ele, os discursos quase acabaram, as pregações, as exortações, as frases feitas. Para mim, é uma graça única, pois, de outra forma, como conseguiria ficar diante de um oceano de dor.
Ciao.
Padre Aldo

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