Asunción, 02 de agosto de 2010.
Caros amigos,
Olhem as maravilhas do Senhor. Ontem, na clínica, batizamos três de minhas crianças (da Casinha de Belém) e três filhos de um jovem pai que está morrendo e desejava ver seus filhos cristãos antes de morrer. Foi uma festa. Particularmente para a minha pequena Maria Vitória Milagres, encontrada abandonada num saco de plástico no meio de uma praça. É belíssima. Ela foi abandonada pela mãe, mas salva pela ternura de Deus, que se ocupa de cada um de nós. E nós nos ocupamos um dos outros? Quanta necessidade de ternura cada homem tem, em particular quem sofre.
Outro dia, me chegou a notícia de que uma jovem mulher que ia às Escolas de Comunidade foi encontrada enforcada, depois de alguns dias, com o cãozinho ao seu lado. Que dor! Se não seguirmos Carrón, que “bate” em nós muito justamente para que possamos entender o que quer dizer o trabalho pessoal, fazer experiência, estes fatos continuarão a acontecer, porque quem pode fazer companhia a quem sofre senão quem vibra de paixão por Cristo, senão quem ama a própria humanidade. Carrón nos diz que apenas as pedras não se comovem. Olhar para estes meus filhos, renascidos pela ternura de Cristo, é querer apenas a Cristo, é querer um coração grande para amar o homem.
Que bonita a Escola de Comunidade que Carrón tem feito conosco, porque, com ele, os discursos quase acabaram, as pregações, as exortações, as frases feitas. Para mim, é uma graça única, pois, de outra forma, como conseguiria ficar diante de um oceano de dor.
Ciao.
Padre Aldo
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