terça-feira, 13 de abril de 2010

A nossa vida pertence a um Outro


"A nossa vida pertence a um Outro. A inevitabilidade [daquilo que acontece] é como o sinônimo mais esclarecedor deste não pertencer das coisas a nós, e principalmente não pertence a nós aquilo de que tudo deriva: a nossa vida pertence a um Outro. Neste sentido se entende por que a vida do homem é dramática: se não pertencesse a um Outro seria trágica.
A tragédia é quando uma construção desmorona e todas as pedras e os pedaçoes de mármore e os pedaços de parede desabam. E tudo na vida se torna nada, é fadado a se tornar nada porque daquilo que vivemos no passado, daquilo que vivemos há um hora, há cinco minutos, não existe mais nada de construído. E isso é trágico. A tragédia é o nada como meta, o nada daquilo que existe.
No entanto, se tudo pertece a um Outro, então a vida do homem é dramática, não trágica. Reconheço que te pertenço, reconheço que o tempo não foi meu, não me pertencia, como até hoje não me pertence, não me pertence. Aquilo que possui o nosso tempo morreu por nós, apresenta-se aos nossos olhos e ao nosso coração como o lugar onde o nosso destino é amado, onde é amada a nossa felicidade, tanto que Aquele que possui o tempo morre para o nosso tempo. O Senhor, Aquele ao qual pertence o tempo, é bom."
(Luigi Giussani, É possível viver assim?)

"Diante da calamidade pela qual passa nossa querida cidade do Rio de Janeiro, peço às paróquias de nossa Arquidiocese para acolherem os desabrigados, bem como às capelas, colégios e organismos arquidiocesanos para auxiliarem no socorro das suas necessidades, juntamente com os padres, religiosas e religiosos, somando esforços ao poder público e outras entidades, neste momento difícil. Nesta Semana Pascal, quando resplandece o vigor da caridade de Cristo por todos os seres humanos, invoco a intercessão de São Sebastião, Padroeiro da nossa Cidade, para que cessem as calamidades, e a de São Jorge, para que renove a força dos cariocas diante das dificuldades."
(Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro)

A Páscoa que celebramos há poucos dias é o fato que mudou a história da humanidade até hoje. Naquele dia, Pedro e João encontraram o túmulo vazio. A resposta ao drama do homem é esse homem que estava morto e agora está vivo. Essa é a possibilidade da nossa esperança também diante dos fatos mais dramáticos. É a certeza deste pertencer que sustenta a nossa esperança e nos faz sentir como nosso o drama dos irmãos diante da morte, da perda dos familiares e da casa.

Colaboremos, depositando uma doação na conta bancária da Cáritas Arquidiocesana
Banco Bradesco
Agência: 0814-1
C.C.: 48500-4

Comunhão e Libertação - Rio de Janeiro
abril de 2010

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