sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cartas do P.e Aldo 170





Asunción, 2 de dezembro de 2010.

“E agora, eis o que diz o Senhor, aquele que te criou, Jacó, e te formou, Israel: Nada temas, pois eu te resgato, eu te chamo pelo nome, és meu. Se tiveres de atravessar a água, estarei contigo. E os rios não te submergirão; se caminhares pelo fogo, não te queimarás, e a chama não te consumirá. Pois eu sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, teu salvador. (...) Porque és precioso a meus olhos, porque eu te aprecio e te amo. Fica, tranqüilo, pois estou contigo” (Is 43, 1-5).

Como não chorar de comoção lendo estas palavra de Isaías? É Deus que fala a mim e a você e aos meus filhinhos, mais bonitos do que o sol e as estrelas, e do que as minhas Dolomitas.
Olhem os meus dois filhos que, aproveitando da ausência momentânea da enfermeira, conseguiram juntar suas duas camas... e vejam como “brincam” entre si.
Eles são gravemente deficientes, e no entanto entre eles há uma linguagem, uma comunicação que nasce da evidência que, para eles, aquilo que Isaías disse é uma experiência
Assim como é uma experiência para o meu pequeno Victor que não pode ficar sem Mário e Aldo. Parece um bonequinho de cera, todo machucado, e porém é Jesus sobre a cruz que, há dois anos, geme e sofre pelos meus e pelos pecados de vocês.
Viver aquilo que Giussani disse quando falava do sacrifício (o primeiro ponto, item “c” da Escola de Comunidade: “quando o sacrifício se torna um valor para a vida do homem”) e olhar estes meus filhinhos, me faz perceber, cada dia mais, a graça, o valor objetivo, o dom que é o “monstro”, o “repugnante” (são as palavras que Giussani usa) sacrifício, dor, que somente na cruz de Jesus, onde as minhas crianças estão pregadas, encontra o seu único e verdadeiro significado.
Ciao
Padre Aldo

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