segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

“Bom caminho”


Saudação de Padre Giussani por ocasião do início da Escola de Comunidade sobre O senso religioso, dos estudantes de CL na Universidade Católica do Sacro Cuore. Milão, 8 de outubro de 1998

Fico muito grato a vocês de poder discutir acerca do volume que contém as minhas ideias, expostas em tantos anos de aulas, primeiro numa escola e sobretudo na universidade. Em cada ano, eu dizia: “Eu não quero forçar ninguém a se convencer, mas não quero que alguém renegue aquilo que eu digo se não tiver, pelo menos, lido as razões que eu digo”.
Permito-me pedir a vocês que me leiam com a intenção sincera e imediata de compartilhar com todos os jovens a dificuldade que têm de entender o valor da religião nascida de Jesus, filho de Maria, judeu de Nazaré.
Não é possível entender, senão verificando as ideias e os valores na própria experiência. Esta experiência pode consistir também no choque ou no sentimento particular que se surpreende em si mesmos, ou na história de um povo ou do mundo.
A experiência diz coisas que demonstram a sua verdade. Aquilo que eu digo a vocês foi-me inteiramente ditado por algo que eu estudei, desejei, repugnei, mas finalmente amei com paixão.
Para mim, é a experiência que ensina todo o valor de ideias e de coisas, permanecendo no tempo, persuasiva ou duvidosamente. Também grandes pintores, músicos e poetas demonstram continuar retomando o tema inspirado por uma “beleza” encontrada.
Nesta ocasião que vocês me deram, eu desejo a vocês uma sinceridade, uma franqueza em tudo e um amor à verdade que seja também compartilhado.
A minha vida conheceu a letícia nestas condições.

Finalmente, quero repetir-lhe aquilo que Santa Catarina, analfabeta, que é o maior gênio feminino italiano, dizia ao último Papa de Avignon: “Se fordes aquilo que deveis ser, colocareis fogo em toda a Itália. Não vos contenteis com pequenas coisas: Ele, Deus, as quer grandes”.

Bom caminho.
Padre Giussani

* Texto disponível na Tracce n. 10, novembro de 1998. Extraído do site de CL. Traduzido por Paulo R. A. Pacheco.

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