quarta-feira, 29 de abril de 2009

Cartas do P.e Aldo 42


Asunción, 18 de novembro de 2008.

Que dor e que barbárie matar Eluana.
Olhem para o meu pequeno Victor. Sofre e oferece a vida para que Deus perdoe este homicídio.
O seus gemidos são o grito de um corpo, o corpo místico de Cristo que, a cada instante, se oferece como hóstia de expiação pelas nossas atrocidades contra os inocentes.
Nunca pensei que um tribunal do meu país pudesse chegar a tamanha desumanidade, assim como nunca pensei que pudesse existir um pai que pedisse a morte da própria filha. Digo isso com uma imensa dor, porque eu sou, de fato, o pai de Victro e de Celeste, de André (tudo deformado, com 22 anos e 15 kg de peso), de Cristina e de Aldo.
Olhem para eles... Eluana está viva e os meus filhos são ela viva.
Com afeto
P.e Aldo

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