Asunción, 29 de junho de 2009.
Amigos,
“Morte, onde está a tua vitória?” Olhemo-nos bem!
A cada sábado à noite ocupamos uma pequena parte da pizzaria para fazer festa e comer (aqueles que podem) com os doentes terminais que conseguem ficar sem oxigênio.
A foto nos mostra a alegria deles, neste último sábado. Faltam alguns que estavam no sábado anterior, porque morreram nesta semana... alguns dos que veem, hoje, no próximo sábado, não estarão mais conosco para fazer festa, porque estarão com Jesus.
As pessoas entram, os reconhecem e ficam maravilhadas, como eu também.
A irmã que vive na clínica 24h por dia, toca harpa e eles cantam, como conseguem (mas cantam). Atílio, aquele magríssimo e pequeno, como também José, aquele grande e gordo, eram músicos andarilhos. Mulheres, baile e todo o resto. Um câncer, metástase... Chegam aqui moribundos. O amor faz o milagre: se recuperam um pouco e ei-los na pizzaria cantando.
Amigos, mas eles são doentes terminais, sabem que têm as horas contadas. No entanto, olhem para eles. Vocês se lembra do que Carrón nos disse nos Exercícios, na sexta à noite, quando falou da positividade das circunstâncias? Pois é, o meu hospital, do jeito que é, vive a Escola de Comunidade.
Conscientes de terem os dias contados, o que podemos fazer? Encontrarmo-nos numa pizzaria para beliscar alguma coisa e cantar?
E vocês veem a alegria deles quando cantam!! Mesmo a pizzaria se tornou um lugar para saborear os últimos dias.
Em suma, o problema é apenas um, e os mes doentes e todos os que trabalham na clínica o vivem: eu sou Tu que me fazes! Repitamos isso a cada minuto e estou certo de que, mesmo para vocês, a morte não lhes tirará o sorriso, porque Ele está presente... e como está presente!
A dor é um mistério, assim como a morte... mas o Mistério se fez carne e, a cada sábado, nos faz companhia na pizzaria.
Ciao
P.e Aldo
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