"A Quaresma é o instrumento - instrumento sacramental - para incrementar nossa conversão. Quer dizer: operando o sinal quaresmal, "gerindo" as indicações pedagógicas nas quais a Igreja faz consistir o chamado de atenção quaresmal, acontece, pela potência do Espírito, algo em nós de muito maior do que, normalmente, nos dão nossos esforços. É um tempo sacramental, é um tempo que, destinado por Deus, nos dá um maior ímpeto de transformação. Por isso, as coisas e práticas de sempre, empreendidos, por obediência à Igreja, no tempo quaresmal, têm uma potência transformadora maior. De outra forma, é tudo nominalismo, são todos nomes para nós, e não têm diferença, não têm história (...). Por isso, justamente, a liturgia dizia que a Quaresma é um 'sinal sacramental', tem um valor sacramental pela conversão que os outros momentos do ano, os outros períodos do ano, não têm. Neste sentido é, de fato, uma espera não formal. (...)
Devemos, então, chamar nossa atenção, chamar atenção da nossa vida, para a verdade daqueles três pontos, para o uso daqueles três pontos. A Quaresma deve ser uma obediência a este convite da Igreja: oração, jejum e obras de caridade fraterna".
(GIUSSANI, Luigi. La familiarità con Cristo: meditazioni sull'anno liturgico, 2008, pp. 47-49)
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