"A afirmação do Seu domínio em nós é como se continuasse prosseguindo, não obstante a vileza do nosso esquecimento e a mesquinhez das nossas traições pesadas. 'Não morrerei, ao contrário viverei e anunciarei as obras do Senhor': no momento sacramental [que estamos vivendo] esta é a palavra e, por todo o tempo pascal, este é o tema que cada um de nós deve repetir como teste da capacidade que nosso coração tem de se recuperar.
'Não morrerei, ao contrário viverei e anunciarei as obras do Senhor': não como propósito pessoal, que seria a conclusão mais adequada da nossa ignorância, não como pretensão de um propósito nosso, mas como reconhecimento maravilhado, admirado, que contempla Sua misericórdia sem fim.
'Como posso te abandonar' - meditamos durante a Semana Santa - 'como posso te abandonar, ó Efraim?'. Por isto, 'não morrerei, ao contrário viverei e anunciarei as obras do Senhor': a sinceridade com a qual repetirmos cotidianamente (...) esta palavra, a espontaneidade, não obstante tudo, com a qual diremos esta palavra, revelará a nossa fé, a nossa aceitação, o nosso reconhecimento dEle, ou revelará a nossa fidelidade já corroída, a nossa dureza de coração, a nossa recusa serpenteante. 'Não morrerei, ao contrário viverei e anunciarei as obras do Senhor' ainda que a densidade da pedra que recobre o meu coração seja muito espessa."
(GIUSSANI, Luigi. Che cos'è l'uomo perché te ne curi? 2000, pp. 112-113).
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